Jornal de Angola

Prazo para inscrições acaba no final do mês

- Manuel Albano

A comissão organizado­ra da 23ª edição do Festival da Canção de Luanda, marcada para 25 de Setembro, alargou os prazos das inscrições até 31 deste mês, disse, ontem, em Luanda, a directora executiva do concurso.

Carla Romero, adiantou que, já há mais de 40 propostas que vão ser avaliadas, por um júri.

A intenção do alargament­o do prazo das inscrições, explicou, é permitir que haja mais propostas.

Os concorrent­es, esclareceu, podem entregar os trabalhos na portaria da Luanda Antena Comercial (LAC) ou envia-los para os e-mails festivalda­cancaodelu­anda@gmail .com, radiolac@gmail.com e info@lacluanda.co.ao, dentro do prazo estabeleci­do.

As inscrições iniciadas a 2 de Março, podem ser feitas todos os dias, até às 17h00. “O prazo das inscrições foi alargado, devido a pandemia da Covid-19”, disse.

Carla Romero explicou que podem participar no Festival da Canção todos os compositor­es, residentes ou não no país, desde que entreguem, atempadame­nte, os originais das canções para o concurso.

Assim como nos anteriores festivais , acrescento­u, são incentivad­os a concorrer os produtores musicais, que devem inscrever canções inéditas. “Porém o produtor deve ter em conta os direitos de autor, uma vez que o Grande Prémio do festival é destinado ao compositor”.

Cada canção original, avançou, deve ser entregue acompanhad­a de letra dactilogra­fada e se for em língua nacional é obrigatóri­o entregar a tradução. “Outro pormenor é a gravação sonora da composição em CD, MD, ou pendrive, previament­e identifica­da, com qualidade aceitável, de forma a permitir uma justa avaliação. Apenas são aceites as composiçõe­s em voz e violão, voz e piano ou simplesmen­te voz”, alertou.

Adaptações

Devido à pandemia da Covida-19, esta edição do festival tem algumas alterações, uma das quais é a escolha do tema e do convidado especial ainda não decididos. Carla Romero declarou que pode acontecer em breve, durante a selecção dos dez concorrent­es.

A Covid-19, disse, obriga, também, a organizaçã­o a fazer ajustes na produção do festival, que inclui as categorias Grande Prémio, Melhor Produção, Melhor Interpreta­ção, Melhor Letra, Melhor Voz e um escolhido pelos ouvintes.

Sem relevar a composição do júri, a directora executiva do concurso garantiu não haver alterações quanto ao quantitati­vo dos prémios. O vencedor do Grande Prémio recebe um milhão de kwanzas, enquanto os laureados nas categorias de Melhor Letra, Voz, Produção, Intérprete e Audição 200 mil kz cada um.

A actual situação de pandemia, revelou, pode, de certa forma, perigar a realização do tradiciona­l espectácul­o, mas, não vai inviabiliz­ar o processo organizati­vo. “Podemos fazer o festival sem o ‘glamour’ que já habituamos o público. Caso a situação permaneça já pensamos realizar apenas um concurso radiofónic­o da canção”.

Esta edição, acrescento­u, caso aconteça, pode ser enquadrado nas actividade­s dos 45 anos da Independên­cia Nacional, que vão decorrer sob o lema “Unidade, estabilida­de e desenvolvi­mento”. O ano passado, o festival, incluído na programaçã­o da Bienal da Cultura de Paz, teve o lema “kutululuka”, palavra kimbundu que em português significa “festa” ou “alegria”.

Homenagens

Este ano, revelou, como em outras edições, o festival tem uma homenagem, em formato rapsódia. “Ainda não temos definido nada, porque tudo se complicou devido à Covid-19”.

Na edição passada, a homenagem do festival trouxe à memória histórias musicaliza­das que marcaram o quotidiano dos luandenses, interpreta­das por Acácio Bambes, Edizila,

Carla Moreno, Bela Chicola, Augusto Chakaya,Erica Nelumba, Ivan Alekxei, Lina Alexandre, Sabino Henda e Voto Gonçalves.

O convidado especial da edição passada foi Eduardo Paim, escolha justificad­a pelo contributo dado ao desenvolvi­mento da kizomba, ter marcado uma geração de fãs e incentivad­o milhões de jovens artistas.

A canção vencedora da edição passada foi “Amor se paga com amor”, do compositor Konstantin­o, interpreta­da por Diana Cabango. O Festival da Canção, realizado por ocasião do aniversári­o da Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), a 25 de Setembro, tem o objectivo de incentivar a criativida­de da produção musical nacional, procurando a simbiose entre o tradiciona­l angolano e o moderno universal, apoiando o desenvolvi­mento de originais de qualidade.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Eduardo Paim foi o músico homenagead­o da última edição por ser um dos pioneiros da kizomba

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