Cidadãos de Luanda apoiam o novo período de excepção
A maioria da população de Luanda (72 por cento) mostra-se favorável a mais uma prorrogação do Estado de Emergência, revela uma sondagem de opinião, à qual responderam cidadãos maiores de 15 anos.
Do universo de pessoas entrevistadas pela Marktest
Angola, empresa especializada em estudos de opinião, 78 por cento disse temer que o número de casos aumente e 64 por achar que sob o Estado de Emergência reduzse o risco de contágio.
Os que se opõem à manutenção do Estado de Emergência, 28 por cento, apontam três razões: 47 por cento alega que, com a medida, “a vida fica em suspenso”, 47 por cento aponta a “preocupação com o que comer” e igual percentagem o “cansaço de estar em casa”.
Meios de informação
Para se manter informada sobre a pandemia, cerca de 94 por cento da população de Luanda respondeu que recorre à televisão, sendo 86 por cento a TPA1 e 76 por cento a TV Zimbo.
Quanto aos programas mais referidos em TV são a actualização sobre a Covid19. Em primeiro lugar surge o Telejornal (da TPA1) com cerca de 75 por cento das preferências, em segundo, a conferência de imprensa diária do Ministério da Saúde, com 72 por cento, e o Jornal da Zimbo, com cerca de 70 por cento.
A Rádio Luanda, com 48 por cento, a Rádio Nacional com 19 e a Rádio Mais com 18 por cento das preferências dos luandenses, são as estações mais referidas na sondagem sobre a Covid-19.
A nível de imprensa escrita, o Jornal de Angola lidera as preferências, com 94 por cento dos entrevistados a apontarem o matutino como veículo preferido para aceder a informações sobre a doença.
Dos 36 por cento dos entrevistados referiram informar-se da doença através da Internet, 76 por cento disseram que o fazem através do Facebook, 16 por cento por intermédio do Sapo e igual percentagem pelo portal Angonotícias.
Comparativamente ao início de Abril, verifica-se que os indicadores que mais subiram foram a saturação (+11 por cento) e a insegurança (+10 por cento).
Os níveis de precaução têm valores idênticos ao início de Abril, mas os de tranquilidade baixaram 14 por cento e a descontracção nove pontos percentuais.
O receio de ser contaminado, manifestado por 44 por cento dos entrevistados e da falta de alimentos, por 15 por cento, continuam a ser as situações que melhor traduzem o estado de espírito dos luandenses. O medo de o Sistema Nacional de Saúde não corresponder à pandemia mantém-se como o terceiro maior receio.