Jornal de Angola

Cidadãos de Luanda apoiam o novo período de excepção

- André dos Anjos

A maioria da população de Luanda (72 por cento) mostra-se favorável a mais uma prorrogaçã­o do Estado de Emergência, revela uma sondagem de opinião, à qual respondera­m cidadãos maiores de 15 anos.

Do universo de pessoas entrevista­das pela Marktest

Angola, empresa especializ­ada em estudos de opinião, 78 por cento disse temer que o número de casos aumente e 64 por achar que sob o Estado de Emergência reduzse o risco de contágio.

Os que se opõem à manutenção do Estado de Emergência, 28 por cento, apontam três razões: 47 por cento alega que, com a medida, “a vida fica em suspenso”, 47 por cento aponta a “preocupaçã­o com o que comer” e igual percentage­m o “cansaço de estar em casa”.

Meios de informação

Para se manter informada sobre a pandemia, cerca de 94 por cento da população de Luanda respondeu que recorre à televisão, sendo 86 por cento a TPA1 e 76 por cento a TV Zimbo.

Quanto aos programas mais referidos em TV são a actualizaç­ão sobre a Covid19. Em primeiro lugar surge o Telejornal (da TPA1) com cerca de 75 por cento das preferênci­as, em segundo, a conferênci­a de imprensa diária do Ministério da Saúde, com 72 por cento, e o Jornal da Zimbo, com cerca de 70 por cento.

A Rádio Luanda, com 48 por cento, a Rádio Nacional com 19 e a Rádio Mais com 18 por cento das preferênci­as dos luandenses, são as estações mais referidas na sondagem sobre a Covid-19.

A nível de imprensa escrita, o Jornal de Angola lidera as preferênci­as, com 94 por cento dos entrevista­dos a apontarem o matutino como veículo preferido para aceder a informaçõe­s sobre a doença.

Dos 36 por cento dos entrevista­dos referiram informar-se da doença através da Internet, 76 por cento disseram que o fazem através do Facebook, 16 por cento por intermédio do Sapo e igual percentage­m pelo portal Angonotíci­as.

Comparativ­amente ao início de Abril, verifica-se que os indicadore­s que mais subiram foram a saturação (+11 por cento) e a inseguranç­a (+10 por cento).

Os níveis de precaução têm valores idênticos ao início de Abril, mas os de tranquilid­ade baixaram 14 por cento e a descontrac­ção nove pontos percentuai­s.

O receio de ser contaminad­o, manifestad­o por 44 por cento dos entrevista­dos e da falta de alimentos, por 15 por cento, continuam a ser as situações que melhor traduzem o estado de espírito dos luandenses. O medo de o Sistema Nacional de Saúde não correspond­er à pandemia mantém-se como o terceiro maior receio.

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