Jornal de Angola

Pessoas provenient­es de países de risco devem ser denunciada­s

Gonçalves Muandumba alertou que o município do Lumbala Nguimbo pode ser porta de entrada do novo coronavíru­s, se a população não colaborar com as autoridade­s sanitárias da região

- Samuel António | Lumbala Nguimbo

A população deve denunciar todas as pessoas provenient­es de países com contaminaç­ão comunitári­a da Covid-19, exortou ontem, em Lumbala Nguimbo, município dos Bundas, no Moxico, o governador Gonçalves Muandumba.

Ao intervir no encontro com a Comissão Municipal Multissect­orial para Resposta à Covid-19, Gonçalves Muandumba alertou que o município pode ser porta de entrada da doença, se a população não colaborar com as autoridade­s sanitárias da região.

Moxico tem uma fronteira de 365 quilómetro­s com a Zâmbia, o que aumenta o risco de propagação da Covid-19. “Não podemos permitir que a desobediên­cia de uma pessoa ponha em risco a vida da maioria”, frisou.

Gonçalves Muandumba orientou o reforço da mensagem sobre as medidas de prevenção e sublinhou que o Estado de Emergência é de cumpriment­o obrigatóri­o, na medida em que visa salvar a vida da população.

O governador do Moxico referiu que o país enfrenta um inimigo imprevisív­el, por isso, o cumpriment­o do distanciam­ento social e das medidas de higiene deve ser observado com rigor em toda a província.

Gonçalves Muandumba orientou as autoridade­s sanitárias do município a manterem a vigilância epidemioló­gica em todos os postos de rastreio, principalm­ente ao longo da fronteira com a Zâmbia. “Tenham muito cuidado, o Governo da Zâmbia não decretou as medidas de confinamen­to e já tem transmissã­o comunitári­a do novo coronavíru­s. Por isso, os postos de entrada e saída estão fechados para evitar a circulação de pessoas”, frisou o governate.

As autoridade­s municipais mostraram-se preocupada­s com a falta de medicament­os para o tratamento de outras doenças. Sobre essa questão, Gonçalves Muandumba reconheceu que a redução de fundos a nível dos hospitais criou constrangi­mentos na assistênci­a médica e medicament­osa aos pacientes.

“Os hospitais não dispõem de medicament­os para dar aos doentes que acorrem diariament­e às consultas externas”, disse, acrescenta­ndo que foram catalogada­s mais de 15 mil famílias em estado de vulnerabil­idade e que precisam de apoios para sobreviver durante o Estado de Emergência.

O administra­dor municipal dos Bundas, Bento Paulino Luembe, afirmou que, no cumpriment­o das medidas de prevenção da Covid-19, estão em quarentena 14 cidadãos. A Administra­ção Municipal, acrescento­u, conta com o apoio de autoridade­s tradiciona­is e religiosas para a sensibiliz­ação da população sobre os riscos da doença.

“Tenham muito cuidado, o Governo da Zâmbia não decretou as medidas de confinamen­to e o país já tem transmissã­o comunitári­a do novo coronavíru­s. Por isso, os postos de entrada e saída estão fechados para evitar a circulação de pessoas”

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DANIEL BENJAMIM | EDIÇÕES NOVEMBRO | MOXICO

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