“Maninho” avança na disputa do “cadeirão” da presidência
Candidatura do ex-ponta esquerda da Selecção Nacional e do 1º de Agosto é promovida por grupo de antigas estrelas
José do Amaral Silva Júnior, conhecido nas lides desportivas como “Maninho”, é candidato à presidência da Federação Angolana de Andebol (FAND), segundo disse ao Jornal de Angola fonte do grupo que promoveu a sua candidatura.
De acordo com Pedro Aguinaldo “Pírula”, a candidatura do antigo companheiro na equipa do 1º de Agosto e na Selecção Nacional é uma iniciativa de um amplo grupo de antigos praticantes da modalidade, que entende dar seguimento ao bom trabalho até agora desenvolvido pelo elenco de Pedro Godinho, do qual “Maninho” faz parte.
“É nosso entendimento dar continuidade ao trabalhado desempenhado pelo anterior elenco directivo. Como o Amaral Jr. integra essa direcção, as possibilidades de haver rupturas que possam comprometer no futuro são escassas. Propusemos esta candidatura para melhorarmos as performances até aqui alcançadas, pois pensamos que é possível ir mais longe, num horizonte temporal não muito distante”, disse “Pírula”.
A nossa fonte informou que, entre vários nomes, integram o grupo que dá corpo à candidatura de “Maninho” antigas “estrelas” do andebol angolano como Tony Costa, Vítor Lemos, Bráulio Brito, Necas e outros. “Todos estivemos lá dentro, sabemos como funcionam os balneários e confiamos na experiência de gestão da pessoa que decidimos indicar para, em nome de uma franja considerável da família do andebol, disputar a presidência da Federação”, explicou.
José do Amaral Júnior fez a formação como atleta no Petro Atlético de Luanda, transferindo-se depois para o 1º de Agosto. Com a camisola “rubro-negra” foi penta-campeão nacional (1983-1987) e vencedor da Taça de Angola em várias ocasiões, tendo em 1986 em Libreville (Gabão) ajudado a equipa a subir ao pódio da Taça dos Clubes Campeões Africanos, conquistando a medalha de bronze.
Ponta-esquerda de amplos recursos técnicos, o que lhe permitia também jogar a posição de meia-distância, “Maninho” integrou várias vezes a Selecção Nacional, tendo participado em ocasiões distintas em Campeonatos Africanos e do Comité Desportivo dos Exércitos Amigos (SKDA), organização ligada ao extinto Pacto de Varsóvia.
Como experiência em matéria de gestão desportiva, foi oficial do Comité Nacional do Desporto Militar (CODENM), no qual desempenhou as funções de chefe-adjunto de Departamento de Relações Exteriores. Nessa condição, cumpriu várias missões no exterior do país, em especial como jornalista na revista do SKDA.