Advogado contra a despenalização da equipa
Ainda na esteira das abordagens feitas em torno da equipa do 1º de Maio de Benguela, o advogado criminalista Marcelino Valyiangula foi categórico, ao defender a manutenção da pena, que lhe fora aplicada na época transacta do Girabola.
O nosso interlocutor manifesta-se a favor desta, e sublinha que caso contrário, a FAF pode cair no descrédito diante da opinião pública desportiva, a menos que tal decisão (de revogar a pena) surja de uma assembleia extraordinária, onde a maioria dos clubes (não evocou as Associações
Provinciais de Futebol) presentes no hipotético evento, votassem pela sua continuidade na prova.
“O contrário seria uma aberração. Aí sim, estaríamos diante de uma Federação manipulável e incapaz de fazer valer as deliberações que toma, em benefício do infractor. Há gente séria, na FAF. Confio na sua verticalidade, pelo que não vejo em que medida se deixarão levar ao ponto de lesarem a verdade desportiva, que tanto dizem defender”, precisou o jovem advogado, para de seguida rematar: “por mais dura que seja, a lei é lei. Por isso, deve ser observada”, sob pena de as pessoas que lidam com o processo se verem vulgarizadas, por conta de uma suposta incapacidade funcional.
“Os dirigentes e apoiantes do 1º de Maio deveriam dar graças à FAF que, de forma indirecta, teve o cuidado de ajudá-los a parar e reflectir melhor em torno do clube e traçar a estratégia para futuras empreitadas. Afinal, há muita coisa por acertar e concertar no clube, a começar pela estrutura administrativa, financeira e culminar pela desportiva, propriamente dita”, acrescentou Marcelino Valyiangula.