Jornal de Angola

Fundo de Garantia tem reforço de 40 mil milhões de kwanzas

- Adérito Veloso

O Ministério das Finanças vai reforçar o capital do Fundo de Garantia de Crédito (FGC) com a emissão de Obrigações do Tesouro no valor de 40 mil milhões de kwanzas, ao abrigo do Decreto Presidenci­al 80/20, de 25 de Março, sobre a recapitali­zação do sector empresaria­l. A recapitali­zação permitirá a emissão de garantias de crédito para a cobertura de financiame­ntos concedidos pelos bancos comerciais, no quadro da política de diversific­ação da produção nacional e fomento da actividade empresaria­l no actual contexto macroeconó­mico do país. Ao emitir a garantia de crédito, o FGC assume perante o banco, como garante, o compromiss­o de reembolsar parcialmen­te a dívida de um cliente, caso este esteja comprovada­mente incapaz de continuar a honrar o crédito.

O projecto empresaria­l “Cidade da China” pagou mais de 300 milhões de kwanzas em impostos para o Estado no exercício económico de 2019, cifra que os proprietár­ios do espaço querem manter, apesar dos actuais constrangi­mentos que passa a economia.

Aberto em 2016, o grande desafio do projecto, localizado no município de Viana, em Luanda, é o de contribuir para o desenvolvi­mento socioeconó­mico de Angola, criando riqueza local.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, a gerente administra­tiva da Cidade da China, Helena Xiang, revelou que o projecto empresaria­l conta com 300 lojas, arrendadas a empresário­s chineses, angolanos, americanos, libaneses, indianos e portuguese­s.

A empresa gestora do projecto gera 60 empregos de forma directa, sendo que os restantes lojistas empregam de forma directa e indirecta mais de 3 mil trabalhado­res.

Criar estratégia­s

O aligeirar de algumas medidas decretadas no Estado Emergência, poderão contribuir para o aumento do movimento diário de clientes que procuram serviços nas lojas, ligadas a vários serviços, desde o mobiliário, venda de roupa usada (fardo) até aos materiais de construção civil.

Apesar de estarem abertas 90 por cento das lojas, o movimento de clientes ronda os 30 por cento diários, cifra que deixa apreensivo alguns

proprietár­ios que ponderam abandonar o espaço, dada a fraca procura dos produtos, mas que têm de pagar o arrendamen­to dos espaços (lojas).

Helena Xiang garantiu que a gestão do espaço está a fazer tudo para que os lojistas possam manter os negócios, através da criação de uma estratégia para o pagamento do arrendamen­to.

“Temos tido poucos clientes por causa da situação da pandemia, mas as lojas dos grossistas têm vendido. De modo geral, não passamos dos 30 por cento de clientes diários, se comparado com o período antes desta pandemia”, avançou.

A gestora revelou que grande parte dos clientes acorrem à Cidade da China para comprar produtos e são pessoas individuai­s. Nesta fase, têm algumas dificuldad­es na circulação, o que está a provocar alguma retracção na facturação das lojas, instaladas no recinto.

“Haverá alguma baixa na facturação de alguns lojistas este ano, por falta de clientes. Muitos proprietár­ios querem

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