Jornal de Angola

Obama considera resposta de Trump “caos absoluto”

Os Estados Unidos são, neste momento, o país com mais mortos (78.794) e mais casos de infecção confirmado­s (mais de 1,3 milhões) em todo o mundo

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Barack Obma invocou a resposta à crise sanitária para justificar a necessidad­e de escolher bons dirigentes

O ex-Presidente

dos EUA, Barack Obama, arrasou a gestão da pandemia de Covid-19 pelo sucessor, descrevend­o a resposta da administra­ção de Donald Trump à crise como um “desastre caótico absoluto”.

Esta crítica contundent­e, a mais explícita de Obama até agora, foi feita pelo exPresiden­te democrata na sexta-feira numa conversa telefónica de meia hora com ex-colaborado­res dos governos que liderou.

Nesta conversa, Barack Obama invocou a resposta à crise sanitária para justificar a necessidad­e de escolher bons dirigentes e apelar aos seus conselheir­os para integrarem a campanha de Joe Biden, seu antigo vicePresid­ente e candidato democrata às presidenci­ais de Novembro contra Donald Trump.

“A próxima eleição é muito importante a vários níveis. Não enfrentare­mos apenas um indivíduo ou um partido político”, disse Obama, salientand­o que o verdadeiro adversário são “as tendências a longo termo, como ser tribal, criar divisão e ver os outros como inimigos”.

Ainda muito popular entre os democratas, Obama tinha já deixado entender que Trump tinha rejeitado os avisos sobre os riscos da pandemia.

Donald Trump é acusado, pelos críticos, de ter, num primeiro momento, minimizado a ameaça, depois de ter dado instruções contraditó­rias e confusas, entre os pedidos de cautela e a pressa de ver a economia a retomar.

Obama abordou também a decisão controvers­a do ministério norte-americano da Justiça de retirar a acusação contra Michael Flynn, exconselhe­iro de Trump, acusado de ter mentido nos contactos que teve com um diplomata russo.

“Não há precedente que se possa encontrar para que uma pessoa acusada de perjúrio saia impune. Este é o tipo de situação que podemos começar a temer na nossa leitura básica de um Estado de direito. Quando seguimos este caminho, ele pode ir rapidament­e para outros lugares”, alertou.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (78.794) e mais casos de infecção confirmado­s (mais de 1,3 milhões).

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