Vírus chega à Casa Branca
O novo coronavírus instalouse na Casa Branca e Anthony Fauci, o epidemiologista responsável pelo controlo da pandemia nos EUA, vai ficar em isolamento, segundo os media norte-americanos.
Na mesma situação vai estar o director do Centro de Controle e Prevenção de Doenças(CDC), Robert Redfield. A decisão de ficarem em quarentena foi tomada após terem estado em contacto com pessoas contaminadas. Também Stephen Hahn, o director da agência norte-americana para os alimentos e medicamentos, Food and Drug Administration (FDA), entrou em quarentena.
No sábado, dia 9 de Maio, a Casa Branca tinha anunciado que a porta-voz do vice-Presidente norte-americano, Mike Pence, Katie Miller, estava infectada. No entanto, Donald Trump mantém a sua postura inalterada, mesmo quando se sabe que vários elementos dos Serviços Secretos testaram igualmente positivo.
Na passada sexta-feira, dia 8 de Maio, quando se encontrou com um grupo de veteranos da II Guerra Mundial, todos com idades à volta dos 90 anos, para comemorar o 75.º aniversário do fim do conflito, Trump não usou máscara, tendo alegado que estava a uma distância suficiente dos veteranos, lamentando o facto de não os poder abraçar “porque eles estão óptimos”.
A atitude do Presidente e o facto de não se usar máscara nas sucessivas reuniões no interior da Casa Branca está a provocar crescente desconforto e fala-se “de uma primeira crise de saúde que foi politizada”. Há documentos do Departamento de Segurança Interna, que chegaram aos media, e que expõe que o vírus está mais disseminado do que se quer fazer crer, com 11 casos activos e em 23 em recuperação da Covid19 só entre elementos dos Serviços Secretos.
Justine Whelan, porta-voz da Agência, esclareceu que continuam “a seguir as directrizes emitidas pelo CDC para garantir a saúde e o bem-estar dos nossos funcionários e daqueles com quem entramos em contacto”, sendo que não é rigorosamente verdade, porque o uso de máscara está longe de ser prática obrigatória no edifício do poder em Washington.