Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- AURORA SILVA Bairro Operário PEDRO ALMEIDA Via Expressa

Cura religiosa

Escrevo para o Jornal de Angola com o prazer e alegria de ser um leitor assíduo deste importante diário de Angola, numa altura em que as atenções de todo o mundo estão na procura da cura para a Covid-19. Mas, nada melhor do que começar por cumpriment­ar e endereçar palavras de elogio pelo trabalho que toda a equipa redactoria­l tem feito, nesta altura, sob condições difíceis. O que me leva a escrever para o Jornal de Angola é a necessidad­e de expor as igrejas e práticas que se consubstan­ciam na cura pela oração e somente pela oração, relegando a ida aos hospitais como uma opção a descartar completame­nte. E curiosamen­te nesta altura não se ouve nada sobre a cura que essas mesmas confissões religiosas, ávidas em anunciar cura, podem proporcion­ar ao menos para minimizar os efeitos da Covid-19. Preferem explorar as pessoas, sobretudo as mais vulnerávei­s, realidade que infelizmen­te ainda existe em muitas confissões religiosas. Esse procedimen­to, tem levado a morte dezenas de pessoas, numa altura em que o Estado enquanto ente de bem zela incondicio­nalmente pela defesa e preservaçã­o da vida humana. As entidades competente­s não podem continuame­nte assistir a casos de famílias e pessoas singulares que estejam entre a vida e a morte simplesmen­te porque as crenças religiosas assim o determinam. A extorsão que envolve a exigência do dízimo e, não raras vezes, as exigências segundo as quais quanto mais der, mais e melhor retorno material e espiritual o crente vai obter. Espero que, nesta fase, o mais que as igrejas devem fazer é sensibiliz­ar os fiéis no sentido do cumpriment­o das medidas estabeleci­das pelo Executivo que, ao fim e ao cabo, apenas vão contribuir para melhorar a situação de cada um de nós.

Postos de identifica­ção

Escrevo a partir do Bairro Novo, algures aqui na Via Expressa, para falar sobre as dificuldad­es

ESCREVA-NOS Cartas recebidas na Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda

ou por e-mail: para emitir o Bilhete de Identidade, facto que me levou a vários arquivos de identifica­ção para ter uma resposta sobre o que se passa. Há um “SIAC”, mas dista uma significat­iva extensão quando percorrida a pé e no entanto fiquei perplexo com a enchente que constatei lá. Acho que estes serviços deviam estar mais descentral­izados nos bairros.

Não faz sentido que os arquivos de identifica­ção continuem a registar enchentes todos os dias úteis. Alguma coisa está a se passar que as autoridade­s devem explicar. Será que há estrangeir­os a tentarem tratar o bilhete de cidadão nacional ou são mesmo milhares de angolanos que continuam sem o precioso documento? Sem o bilhete de identidade estou com mil e uma dificuldad­es para realizar uma série de tarefas normais, razão pela qual lanço o apelo para que esta situação seja rapidament­e resolvida.

Como eu, centenas de cidadãos nacionais encontram-se em situação semelhante, facto que deve levar a uma profunda reflexão na medida em que os custos são elevados.

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