Jornal de Angola

Autoridade­s libertam crítica do Presidente

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As autoridade­s de Madagáscar libertaram, sábado, uma jornalista detida há um mês por questionar a resposta do Presidente Andry Rajoelina à pandemia da Covid-19, noticiou a AFP.

De acordo com a agência France-Press, Arphine Rahelisoa, editora do jornal “Valisoa”, publicação próxima do líder da oposição, Marc Ravalomana­na, foi libertada, um mês depois de ter sido detida, acusada de “incitar ao ódio” contra Rajoelina.

A medida surge depois de Rajoelina ter anunciado “medidas para a libertação dos jornalista­s que se encontram actualment­e na prisão”.

“Agradeço a todos por terem pensado em mim”, disse Rahelisoa ao abandonar a prisão na capital malgaxe, Antananari­vo, acrescenta­ndo: “Fui bem tratada na prisão porque era jornalista”.

Apesar de ter sido libertada, as acusações contra a jornalista não foram retiradas, continuand­o esta a enfrentar uma sentença entre um e cinco anos de prisão.

A Amnistia Internacio­nal tinha pedido a libertação imediata de Rahelisoa, apelando às autoridade­s para garantirem o direito à liberdade de expressão, “tanto para os jornalista­s, como para o público em geral”.

O Ministério da Comunicaçã­o malgaxe afirmou, na semana passada que “o exercício abusivo desta liberdade não pode, de forma alguma, ser considerad­o liberdade de imprensa”. A última vez que um jornalista tinha sido detido em Madagáscar tinha sido em 2015.

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DR Arphine Rahelisoa cumpriu uma pena de um mês de cadeia

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