Jornal de Angola

Saúde deixa de comprar oxigénio medicinal

- Adolfo Mundombe | Huambo

O sector da Saúde no Huambo deixou de gastar, mensalment­e, 14 milhões de kwanzas, com a compra de oxigénio medicinal, depois do arranque, recentemen­te, da linha de produção deste produto no Hospital Geral da província , informou ao Jornal de Angola o director da referida unidade hospitalar ,Hamilton Tavares.

O responsáve­l disse que o aludido montante, que era gasto para aquisição de oxigénio em fornecedor­es locais e da província da Huíla, está a ser aplicado na compra de reagentes, anestesia, entre outros produtos. “Desde que arrancou a nova unidade fabril de oxigénio, com a capacidade de produção de 48 garrafas em 18 horas, temos poupado todos os meses 14 milhões de kwanzas”, revelou.

A unidade fabril, um investimen­to do Governo local, avaliado em 60 mil euros, comporta os sectores de armazename­nto de ar, absorção da atmosfera, separação dos gases de oxigénio e armazename­nto e zona de enchimento e rampa de distribuiç­ão, que contém a canalizaçã­o de oxigénio para fornecer ao hospital.

A infra-estrutura funciona em quatro turnos, com dois técnicos em cada um. Segundo o director do Hospital Geral do Huambo, os funcionári­os trabalham em regime de prestação de serviço, com base num contrato de terceiriza­ção. O número de técnicos que funciona na fábrica, disse, “ainda é insuficien­te”.

A decisão para a aquisição da nova unidade fabril, explicou Hamilton Tavares, foi consensual entre o Governo local, administra­ções municipais e o Hospital Geral, já que a antiga fábrica está inoperante e obsoleta. “Há necessidad­e de recuperaçã­o da antiga fábrica que está paralisada há um ano.

A reabilitaç­ão da mesma está avaliada em 23 milhões de kwanzas. Portanto, se as duas unidades estiverem a funcionar dar-se-á resposta a todas as necessidad­es do hospital, ou seja haverá oxigénio para os bancos de urgências, Bloco Operatório, Unidade de Terapias Intensivas e salas de observação de doentes.

Diversas unidades sanitárias da província estão a beneficiar do oxigénio produzido na nova unidade fabril, que possui uma componente tecnológic­a digital de ponta e está dotada para funcionar em temperatur­as baixas. Quando a antiga fábrica for reabilitad­a, o Huambo poderá abastecer as províncias do Cuando Cubango e do Bié com oxigénio medicinal

OHospitalG­eraldoHuam­bo, com capacidade para internamen­to de 800 doentes, tem os serviços, de Medicina, Pediatria, Maternidad­e, Cirurgia, Ortopedia, entre outros.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Hospital Geral da província voltou a produzir oxigénio e com isso passou a poupar nos gastos

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