Jornal de Angola

Começa nova fase do Estado de Emergência

“Há um conjunto de reflexões que estão a ser feitas no âmbito do plano de desconfina­mento que nos vai dar as luzes e definir o caminho que vamos seguir”

- Mazarino da Cunha |* *Com agências

O ministro de Estado

e chefe da Casa Civil do Presidente da República afirmou, ontem, em Luanda, que o Governo está a preparar um plano de desconfina­mento para definir em que condições se poderá ir “normalizan­do a vida”.

Adão de Almeida, que falava em conferênci­a de imprensa de esclarecim­ento sobre o novo período de isolamento social, salientou que a abordagem para a retoma de algumas actividade­s, como a aviação comercial, tem de ser “contextual­izada e pertinente em função de cada momento”.

Adiantou que dentro dos objectivos definidos e indicações de trabalho que existem a nível governamen­tal, “há o objectivo de se definir um plano de desconfina­mento através do qual serão feitas algumas opções sobre como e em que condições poderemos ir normalizan­do a vida nacional”. Segundo Adão de Almeida, será este plano que, uma vez aprovado, irá dar indicações sobre o que será feito com as escolas, actividade­s e competiçõe­s desportiva­s, com a aviação.

“Há um conjunto de reflexões que estão a ser feitas no âmbito do Plano de Desconfina­mento que nos vai dar as luzes e definir o caminho que vamos seguir, sempre privilegia­ndo os nossos objectivos principais na luta contra a Covid-19”, ou seja, evitar importação de casos e estar preparado para a gestão dos casos que venham a surgir.

Face à situação da pandemia da Covid-19, um novo período de 15 dias do Estado de Emergência começou a vigorar às 00h00 de hoje, devendo terminar no dia 25 de Maio.

A primeira fase do Estado de Emergência, decretada no dia 27 de Março, esclareceu o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente

da República, tinha medidas duras, porque visou em primeira instância salvaguard­ar o bem vida.

No segundo momento foi feita uma combinação entre as questões sanitárias, mas também a necessidad­e de preservar a economia e a estabilida­de social dos cidadãos, onde se fez um certo

aligeirame­nto das medidas que permitiram a retomada da actividade económica.

Para a terceira prorrogaçã­o do Estado de Emergência, frisou o governante, procurou-se combinar a preservaçã­o da saúde, que continua a ser o objectivo principal, a actividade económica e, por último, o início de uma

caminhada, consideran­do que alguns hábitos terão de ser repensados para a nova forma de convívio.

De acordo com o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, cada período do Estado de Emergência tem particular­idades especifica­s, mantendo a suspensão dos direitos fundamenta­is, mas também com algumas excepções.

Adão de Almeida afirmou que nesta nova fase do Estado de Emergência, os angolanos vão continuar a viver um momento de anomalia constituci­onal, por força de um objectivo vida, ficando suspenso o direito à liberdade de culto na sua dimensão colectiva, circulação, imigração, greve, entre outros.

Em relação à cerca sanitária na província de Luanda, o governante disse que mantém-se a regra anterior. Para as restantes províncias permanece a circulação para a actividade económica e não para o lazer.

Adão de Almeida disse que o cidadão que sair ou entrar na província de Luanda comete o crime de desobediên­cia e é igualmente passível de sanção. Também mantém-se o princípio da quarentena institucio­nal obrigatóri­a e, em alguns casos, a domiciliar, bem como a testagem da Covid-19.

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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