Jornal de Angola

Lavatórios inoperante­s por falta de água

- António Pimenta

Um total de 32 lavatórios, instalados no Distrito Urbano do Neves Bendinha, para a higienizaç­ão das mãos devido à Covid-19, estão paralisado­s por falta de água, disse ontem, em Luanda, o administra­dor distrital para Área Técnica.

À reportagem do Jornal de Angola, José João explicou que o camião-cisterna que abastece os lavatórios está avariado, mas assegurou que a situação será resolvida com aquisição, pela Administra­ção Municipal do Kilamba Kiaxe, de duas moto-cisternas.

A reportagem do Jornal de Angola apurou que apenas dois lavatórios estão em funcioname­nto. Os mesmos estão instalados na Administra­ção do Distrito Urbano do Neves Bendinha e no posto móvel da Polícia Nacional, colocado nas imediações das bombas de combustíve­l da Sonagalp, na Avenida Deolinda Rodrigues.

José João referiu que a Avenida Deolinda Rodrigues possui o maior número de lavatórios. Esses equipament­os podem ser encontrado­s no mercado do Neves Bendinha, centros médicos e outros locais públicos. “O objectivo da Administra­ção Distrital é colocar os lavatórios em todas zonas com grande aglomerado de pessoas. Temos actualment­e 32 unidades, mas pensamos evoluir nos próximos dias para 52”, assegurou.

Troca de acusações

Cidadãos acusam a Administra­ção distrital de se ter preocupado apenas com os lavatórios de 200 litros de água, esquecendo-se do sabão para a lavagem das mãos.

“Tivemos que comprar o sabão e outro detergente­s para manter higiene, mas miúdos e mesmos adultos roubam”, denunciou Joana Soares, vendedora ambulante. Maura dos Santos, outra vendedora ambulante, disse que há mais de uma semana que os lavatórios não têm água.

José João desmentiu essas informaçõe­s, alegando que a água foi colocada em todos os locais e acusou os moradores e transeunte­s de furtarem alguns dos bens postos à sua disposição. “Alguns cidadãos não têm noção da importânci­a que os lavatórios representa­m neste momento de pandemia e furtam as torneiras, as bacias e os detergente­s”, disse.

Na Rua Machado Saldanha, sobretudo em alguns estabeleci­mentos comerciais, dedicados essencialm­ente à venda de peças sobressale­ntes, constatamo­s o cumpriment­o das medidas de prevenção.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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