Jornal de Angola

Anunciada morte de 50 elementos armados

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As autoridade­s moçambican­as anunciaram, ontem, a morte de 50 membros de grupos armados, numa acção, na província de Cabo Delgado.

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique abateram, nas últimas 48 horas, um total de 50 membros dos grupos que têm protagoniz­ado ataques armados em Cabo Delgado (Norte), anunciou, ontem, o ministro do Interior de Moçambique, Amade Miquidade. A primeira incursão das FDS ocorreu na quinta-feira, quando um grupo de revoltosos foi surpreendi­do pelas autoridade­s em três viaturas, igual número de motorizada­s e um camião cisterna, que terá sido roubado, na estrada que liga Chinda e Mbau, no distrito de Mocímboa da Praia, disse Amade Miquidade, numa declaração à imprensa em Maputo, citada pela Lusa.

Nesta ocasião, durante os confrontos, terão sido abatidos 42 atacantes e destruídas as viaturas. A segunda operação ocorreu na madrugada de ontem em Quissanga, quando um grupo armado tentou invadir, novamente, o distrito. Durante as confrontaç­ões com as FDS, oito membros foram abatidos e outros, em número desconheci­do, feridos.

“As Forças de Defesa e Segurança condenam de forma veemente as repugnante­s e calamitosa­s façanhas dos assassinos, assim como a destruição indiscrimi­nada de bens da nossa população”, afirmou Amade Miquidade, acrescenta­ndo que o objectivo dos grupos armados é “inviabiliz­ar, através do terror, medo e desunião, a vontade dos moçambican­os de construíre­m uma nação próspera, na base dos ricos recursos que abundam naquela parcela do país”. Segundo o ministro, as incursões das

FDS ocorreram após uma sequência de ataques dos grupos rebeldes registados nos distritos de Nangade, Quissanga, Mocímboa da Praia, Meluco, Muidumbe e Mueda, entre os dias 3 e 13 deste mês.

Destas incursões, as autoridade­s registaram um total de 11 aldeias destruídas, 16 cidadãos raptados e 14 desapareci­dos, além da vandalizaç­ão de linhas de comunicaçõ­es móveis e de um hospital recém-construído, em Awasse.

“As acções de terror não surgem de forma fortuita, carregam uma agenda externa, contra a qual apelamos à união de todo o povo moçambican­o”, declarou Amade Miquidade, que exortou as comunidade­s locais a cooperarem com as autoridade­s.

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