COI presta apoio financeiro às federações internacionais
O Comité Olímpico Internacional (COI) decidiu distribuir 150 milhões de dólares às federações internacionais, para enfrentar as consequências da crise gerada no desporto pelo novo coronavírus, anunciou o presidente Thomas Bach, quinta-feira, em entrevista colectiva.
Bach, que falou numa videoconferência no final de uma reunião do Comité Executivo do COI, explicou que 650 milhões de dólares serão para aliviar os efeitos causados pelo adiamento para 2021 dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, enquanto 150 milhões de dólares serão reservados ao Movimento olímpico, especialmente às federações internacionais, devido aos grandes danos causados pela paralisação forçada devido à pandemia da covid-19.
O novo coronavírus causou “graves consequências econômicas para as Olimpíadas, o Movimento olímpico como um todo e o COI”, disse Bach.
Além disso, o COI aprovou as datas para a sua próxima sessão, que vai ocorrer no dia 17 de Julho e de forma virtual pela primeira vez. As Olimpíadas de Tóquio iriam ser disputadas neste ano de 24 de Julho a 9 de Agosto. Mas devido à pandemia, foram remarcadas para 23 de Julho a 8 de Agosto de 2021, na capital japonesa.
Esse adiamento dos Jogos de Tóquio acarreta custos adicionais ainda muito difíceis de avaliar e que deverão ser compartilhados entre o COI e o Comité Organizador local.
De acordo com os últimos números publicados, o orçamento para as Olimpíadas de Tóquio deve ser de 12,6 bilhões de dólares, a serem divididos entre o Comité Organizador dos Jogos de Tóquio, o governo japonês e a cidade de Tóquio. O COI fornece financiamento significativo para Comité organizador.
“Reduzir os custos”
Para minimizar os excedentes de custos, o COI e o Comité Organizador “estão em estreito contacto com o grupo de trabalho criado e não descartamos nenhuma maneira com o objectivo de reduzir custos, mantendo o espírito dos Jogos e a qualidade da competição”, garantiu Bach.
Uma das principais dificuldades é garantir por mais um ano a disponibilidade da infraestrutura das competições e da Vila Olímpica, cujo alojamento estava destinado a ser vendido, logo após o encerramento dos Jogos deste ano.
Em relação a essa Vila Olímpica, “os esforços são monumentais”, garante Christophe Dubi, director geral dos Jogos. “É uma missão difícil, mas estamos confiantes. O trabalho está progredindo muito bem”, diz ele.
Num momento em que a amplitude e a gravidade da pandemia continuam a alimentar dúvidas sobre os Jogos de Tóquio na ausência de uma vacina ou tratamento eficaz, Bach se mostrou confiante no futuro.
“Estamos trabalhando para o sucesso das Olimpíadas de Tóquio, que serão abertas em 23 de Julho de 2021, em ambiente seguro para todos os participantes”, afirmou ele.