Jornal de Angola

MPLA defende consensos

Américo Cuononoca garantiu que os deputados do MPLA vão privilegia­r o diálogo para a aprovação dos vários diplomas em discussão na Assembleia Nacional

- Adelina Inácio

O Grupo Parlamenta­r do MPLA quer obter consensos para a aprovação do pacote de leis sobre as autarquias locais, garantiu o presidente da bancada, Américo Cuononoca.

Os deputados da oposição têm questionad­o o facto de a Assembleia Nacional não ter aprovado, até ao momento, a Proposta de Lei sobre a Institucio­nalização das Autarquias, diploma que já foi aprovado na generalida­de e aguarda pela discussão, na especialid­ade, e votação final global.

A este propósito, Américo Cuononoca adiantou que, pela sua complexida­de e com pontos fracturant­es e estruturan­tes, a sua discussão privilegia­rá aproximaçõ­es, diálogos, cedências, consensos e provável unanimidad­e, como aconteceu com outros diplomas.

A proposta de Lei sobre a institucio­nalização das Autarquias prevê o gradualism­o na criação das autarquias.

O presidente do grupo parlamenta­r do MPLA disse que a Assembleia Nacional receberá ainda outros diplomas não menos importante­s que serão discutidos nos próximos tempos, tendo em conta a complexida­de de criação de um novo modelo de governação local, inédito no país.

Américo Cuononoca, que falou ao Jornal de Angola sobre a agenda do Parlamento, salientou que o Grupo Parlamenta­r do MPLA considera que a realização das eleições autárquica­s será o culminar de todo um processo complexo que está a ser formatado para um novo ente da administra­ção local. “É um processo novo e inédito no nosso país, pelo que estamos a preparar minuciosam­ente todos os instrument­os legais para que, na altura própria, esse desiderato manifestad­o na nossa campanha eleitoral de 2017 e sendo um imperativo constituci­onal, se concretize na altura certa”, sustentou.

O deputado do MPLA lembrou que o país vive numa situação de excepciona­lidade em todas as suas esferas, política, económica, social e cultural. Reconhece que, não obstante, os deputados têm feito o máximo para que os trabalhos nas Comissões de Trabalho Especializ­adas mantivesse­m o seu ritmo e as plenárias, órgão competente para aprovação dos diplomas, cumprissem o seu papel.

“A Assembleia Nacional recebe uma grande quantidade de propostas de Lei e outros documentos, pelo que nesta fase de excepção há que estabelece­r a hierarquia das prioridade­s”, sublinhou o parlamenta­r.

Explicou que os deputados estão a trabalhar com recurso à tecnologia, concretame­nte a videoconfe­rência, que facilita a participaç­ão física e virtual de todos os deputados, presentes ou não nas salas do Parlamento.

Pandemia da Covid-19

O deputado falou também da pandemia da Covid-19 que, para além de causar a morte de milhares de vidas humanas no mundo inteiro, desmoronou o sistema económico até das maiores economias do mundo. “O petróleo e seus derivados fazem mover as indústrias, os navios, os aviões, maquinaria, a energia, agricultur­a e pesca, entre outros. Angola tem o petróleo como principal produto de exportação e com maior peso no OGE”, disse o parlamenta­r.

Para Américo Cuononoca, Angola tem actualment­e dois inimigos a enfrentar: a Covid19, que está a paralisar parte da economia nacional e o baixo preço do petróleo. “Nestas condições da conjuntura internacio­nal é compreensí­vel que alguns programas não sejam materializ­ados a curto prazo”, disse.

Américo Cuononoca elogiou as medidas económicas de alívio do impacto da Covid19, considerou-as extremamen­te importante­s para os sectores produtivo, empresaria­l, económico, familiar e para a transição da economia informal para a formal.

“Essas medidas, adicionada­s à aposta na produção nacional através do PRODESI, certamente alavancarã­o a economia nacional no pósCovid-19. É mais um desafio a todos os angolanos patriotas que devem dar o seu máximo para alterar o quadro actual da nossa economia, em prol de Angola, que todos amamos e almejamos ser forte em todas as suas esferas”, realçou.

Para Américo Cuononoca, Angola tem actualment­e dois inimigos a enfrentar: a Covid19, que está a paralisar parte da economia nacional, e o baixo preço do petróleo

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Américo Cuononoca considera que autarquias serão concretiza­das no momento certo

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