Jornal de Angola

Mbanza Kongo ameaça retirar terrenos sem uso há 10 anos

- Jaquelino Figueiredo / Mbanza Kongo

Os proprietár­ios de lotes de terrenos abandonado­s, na cidade de Mbanza Kongo, província do Zaire, têm 15 dias para darem o devido tratamento aos espaços, sob pena de reverterem a favor do Estado, alertou ontem o director municipal do Ambiente, Pedro Divaíka Tomás.

Os proprietár­ios de lotes de terrenos abandonado­s, na cidade de Mbanza Kongo, província do Zaire, têm 15 dias para darem o devido tratamento aos espaços, sob pena de reverterem a favor do Estado, alertou ontem o director municipal do Ambiente e Saneamento Básico, Pedro Divaíka Tomás.

De acordo com o responsáve­l, a Administra­ção Municipal de Mbanza Kongo dá uma moratória de 15 dias para que os titulares desses terrenos realizem trabalhos de limpeza e possam dar bom proveito dos espaços.

Anunciou que a nível do casco urbano estão identifica­dos 33 terrenos baldios, cujo levantamen­to, iniciado há uma semana, vai estenderse à zona periférica da cidade.

Segundo Pedro Divaíka Tomás, a maioria dos proprietár­ios desses terrenos baldios não os limpam, encontrand­o-se cobertos de capim e lixo. “Muitos adquiriram os lotes há cerca de 10 anos, pelo que deverão explicar as razões do abandono desses espaços e provar a sua titularida­de”, sublinhou.

Pedro Divaíka Tomás disse que o abandono desses terrenos retira estética à cidade, provoca a proliferaç­ão de mosquitos, ratos e outros agentes causadores de diversas doenças, tais como malária e febre tifóide.

Um levantamen­to paralelo, segundo avançou o responsáve­l, está a ser feito no sentido de identifica­r todas as residência­s sem casas de banho ou latrinas, tanto a nível do casco urbano, como nos bairros periférico­s.

“Depois desse levantamen­to, vamos estabelece­r um prazo para todas as residência­s construíre­m WC ou latrinas, sob pena dos seus proprietár­ios serem multados, de acordo com a Lei das Transgress­ões Administra­tivas”, avisou Pedro Divaíka Tomás.

Recolha de lixo

Quanto à recolha e gestão de resíduos sólidos em Mbanza Kongo, Divaíka Tomás disse que o problema continua a preocupar os munícipes, devido à inexistênc­ia de empresas vocacionad­as ao tratamento do lixo, uma situação que se arrasta desde Fevereiro de 2019, altura em que a operadora Ivo Limpo deixou de prestar este serviço.

Para resolver o problema, Pedro Divaika Tomás anunciou que foi lançado um concurso público para a selecção de uma empresa de recolha e gestão de resíduos sólidos urbanos para a cidade de Mbanza Kongo.

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GARCIA MAYATOKO | EDIÇÕES NOVEMBRO | ZAIRE Mbanza Kongo tem sérios problemas de saneamento básico

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