Aumentou a leitura diária do Jornal de Angola
Em tempos de mudança, como a que se vive em meio a pandemia da Covid-19, também os hábitos de consumo da mídia estão a mudar e o cenário das audiências espelha uma nova realidade. Um estudo efectuado pela Marktest revela que vê-se mais televisão, diariamente e durante mais tempo.
A TV Zimbo e a TPA1 são as estações televisivas com maior audiência enquanto, que a nível de imprensa assiste-se a um reforço do Jornal de Angola, com uma média de leitura de 2,1% , o que supera os anteriores 1,6% , segundo o estudo.
De acordo com o estudo há, particularmente, canais de televisão que consolidam posição no mercado, outros que reforçam e, alguns, em tempos de pandemia, vêem as audiências a decrescer.
O tempo médio diário de assistência à televisão, adianta o estudo, é hoje de 3h 45m quando, em Abril de 2019, era de 2h 41m.
Os canais de informação e com noticiários angolanos são os que obtêm maior audiência, se comparado com o consumo de média em 2019.
Os canais com conteúdos ligados a novelas e entretenimento viram a audiência a baixar. A nível de rádio também as estações ligadas ao serviço público de informação obtém audiências superiores ao período homólogo, nomeadamente a Rádio Luanda (6,5% Vs 5,8%) e a Rádio Nacional, 3,2% contra 0,9%.
O universo do estudo foi constituído por indivíduos de ambos os sexos, com mais de 15 anos de idade, residentes em Luanda. A amostra prevista era de 1500 entrevistas e realizaram-se entrevistas, cujo processo de amostragem foi estratificada por município.
Para a escolha de indivíduos, recorreu-se a uma amostra, por quotas de sexo e idade, representativas do universo, de acordo com a Projecção da População da Província de Luanda feita pelo Instituto Nacional de Estatística.
A metodologia usada foi o "Day
After Recall", sendo a recolha efectuada diariamente, durante 16 dias.
Foi utilizada uma metodologia quantitativa, efectuada através de uma entrevista telefónica e suportada por um questionário estruturado em CAPI ,com uma duração média de 20 minutos. A recolha de informação foi entre 7 e 22 de Abril de 2020. Esta investigação não entrevistou cerca de 13% da população pelo facto de não terem telemóvel.