Lubango constrói novos mercados
Um novo mercado para a venda de peixe a retalho está a ser construído na cidade do Lubango, província da Huíla, desde Abril.
Orçado em mais de 198 milhões de kwanzas, a obra, que está a ser erguida na zona adjacente do Mercado Municipal do Lubango, vai acolher maia de 300 mulheres que actualmente se dedicam à "zunga".
A obra faz parte do Programa Integrado de Intervenção Municipal (PIIM) e vai minimizar o sacrifício de centenas de mulheres que pululam pelas artérias e bairros da capital huilana, na venda de peixe.
O administrador municipal do Lubango, Armando Vieira, disse que a pandemia da Covid-19 obriga traçar outras estratégias para os negócios de mulheres zungueiras.
“Queremos, por essa via, minimizar os constrangimentos que temos registado com a venda ambulante na cidade do Lubango”, disse.
Explicou que está a ser projectada a construção de um outro mercado multidisciplinar na zona do bairro Só Frio. O objectivo, acrescentou, é diminuir os constrangimentos neste período da Covid-19, na abordagem das vendedoras ambulantes.
“Traçamos formas de criar pequenos mercados pelos bairros. Queremos que todos os bairros tenham um pequeno mercado de referência, onde vai se obrigar a todas as pessoas a venderem em locais com condições e regras que poderão ser impostas”, disse.
Armando Vieira espera que em breve a vida volte ao normal, o que vai exigir um novo paradigma. “Acreditamos que com a construção destes mercados, vamos obrigar que as vendedoras se fixem nesses locais e evitar o risco de contaminação de doenças estranhas”, afirmou.
As autoridades competentes, assegurou, estão a reflectir inclusive, sobre a permissão ou não da venda nas ruas. “Estamos a analisar se devemos permitir que as vendedoras continuem a pulular pelas ruas da cidade. Queremos a colaboração de todos na abordagem da questão”, solicitou.
Garantiu que as discussões estão abertas. “Estamos a discutir e analisar, se em função da experiência que está a ser adquirida com o surgimento da Covid-19, podemos continuar a permitir as zungueiras a pulularem pela cidade a fora, ou vamos optar por fixálas nos mercados que vamos construir, tendo em conta todos os impactos", disse.
Armando Vieira disse ser do conhecimento de todos as causas da venda nas ruas. “Mesmo assim, temos que organizar as zungueiras e serem cadastradas para serem colocadas em locais apropriados”, adiantou.