Parlamentares querem destituição de Amaral
A tensão marcou, ontem, o início da manhã no Parlamento timorense com deputados aos gritos e aos empurrões devido à tentativa dos dois vice-presidentes realizarem uma sessão plenária para destituição do Presidente do órgão.
Sem incidentes graves, a tensão começou quando deputados de três bancadas – Fretilin, PLP e KHUNTO – que entre si representam 36 dos 65 lugares no Parlamento Nacional, entraram na sala do plenário.
Depois de um compasso de espera os dois vice-presidentes, Angelina Sarmento, do Partido Libertação Popular (PLP) e Luis Roberto do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) tentaram dirigir-se para a zona da mesa do Parlamento, apoiados por deputados desses partidos e da Frente Revolucionária
do Timor-Leste Independente (Fretilin).
Vários deputados do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), segunda força política, subiram à zona da mesa e impediram o acesso durante alguns minutos, com um deputado a manter-se "de guarda" à cadeira do presidente, Arão Noé Amaral.
Os dois vice-presidentes acabaram por se conseguir sentar nas suas cadeiras com um deputado do CNRT a manter-se, em pé, a impedir o acesso à cadeira do presidente do Parlamento.
Em causa está um requerimento assinado pelos deputados da maioria que quer votar a destituição de Arão Amaral e que deveria, segundo o regimento, ter sido debatido no plenário num prazo de cinco dias.