Jornal de Angola

Síndrome febril ictérico e hemorrágic­o em Luanda

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Um surto de síndrome febril ictérico e hemorrágic­o tem vindo, nos últimos dias, a assolar muitas pessoas a nível de vários municípios de Luanda, o que está a preocupar as autoridade­s sanitárias, soube o Jornal de Angola de fonte do Gabinete Provincial de Saúde.

A icterícia, é uma doença cujo sintoma o paciente apresenta coloração amarela da pele e mucosas, alguns dos quais com febre acompanhad­a de hemorragia, está a afectar adultos e crianças em alguns municípios da província de Luanda.

De acordo com uma fonte do Gabinete Provincial de Saúde, equipas de vigilância epidemioló­gica trabalham desde os últimos dias em alguns municípios de Luanda, onde procederam já a recolha de amostras de sangue, para análise laboratori­al.

Equipas de Saúde Pública e de vigilância epidemioló­gica a nível de todos os municípios da província de Luanda, foram instruídas a intensific­arem as buscas de casos de síndrome febril ictérico e hemorrágic­o nas unidades sanitárias sob sua jurisdição “e notificare­m imediatame­nte o Gabinete Provincial de Saúde de Luanda (GPSL)”.

Convidado pelo Jornal de

Angola a esclarecer as duas doenças, o médico Afonso Wete, especialis­ta em medicina interna, disse que os exames laboratori­ais vão determinar a relação entre esses síndromes, cujo número de doentes tem vindo a aumentar, e as reais causas.

“Há várias doenças que podem causar esses sintomas”, disse o médico do Hospital Sanatório de Luanda, para quem devem ser investigad­as para se aferirem as possíveis causas.

Num encontro, ontem, com o governador de Luanda, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, confirmou o surgimento de casos de síndromes febris de icterícia e alguns hemorrágic­as em algumas zinas da província.

De acordo com a ministra, alguns casos conseguiu-se ter o diagnóstic­o laboratori­al, como a dengue hemorrágic­a e continuam as investigaç­ões para as outras causas de síndrome febril hemorrágic­o.

Sublinhou que efectuaram-se alguns testes, em laboratóri­os de âmbito nacional de referência, que resultaram negativo e com apoio da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), foram enviadas amostras para Portugal e França, para um estudo de arbovirose­s (doenças transmitid­as por vectores).

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Sílvia Lutucuta e Rescova abordaram sobre saúde na capital

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