Jornal de Angola

Kikovo reduz oferta de ovos

- António Eugénio

A produção de ovos na empresa Kikovo, em Luanda, que já chegou a mais de um milhão por dia, caiu para 650 mil, representa­ndo uma quebra de quase 50 por cento.

A administra­dora da Fazenda Pérola do Kikuxi, do grupo empresaria­l Diside, Elizabeth dos Santos, avançou que a impossibil­idade de importação de genéticas, vacinas e o adiamento na entrada de recreias, estiveram na base da quebra produtiva.

Elizabeth dos Santos afirmou que, para reverter o quadro, está em curso um programa, que passa pelo repovoamen­to das 12 naves existentes, cada uma com capacidade para albergar 130 mil aves poedeiras.

A partir do mês de Setembro, a fazenda deve já estar em condições de produzir mais de um milhão de ovos por dia, garantindo, desta forma os níveis produtivos definidos no arranque do projecto, disse. A gestora afirmou que para garantir a produtivid­ade, em função do plano de contingênc­ia adoptada, 225 trabalhado­res, dos 550 que a fazenda possui, asseguram a produção.

Elizabeth dos Santos alertou ainda que, apesar da queda da produção, a Kikovo mantém o preço do ovo praticada anteriorme­nte e atribui a responsabi­lidade aos agentes revendedor­es pela subida de preços. “Se existirem revendedor­es que tenham subido os preços, não sucede por terem passado a comprar mais caro, pois, os nossos preços de venda mantêm-se inalterado­s”, assumiu.

A gestora lembrou que há sete anos foram investidos 60 milhões de dólares para o arranque do projecto e 80 por cento do financiame­nto já foi devolvido. Estima-se que, a partir do próximo ano, o grupo termine por liquidar a dívida.

Peixe

Relativame­nte ao negócio do pescado, a fonte adiantou que a Solmar está numa fase de reestrutur­ação que vai alterar toda a dinâmica da empresa. No novo formato, disse, a produção vai incidir em 15 toneladas de processame­nto de pescado por dia.

Com os investimen­tos acautelado­s, em curso está um estudo que tende aumenta5r a produção para 90 toneladas dia. “Só aproveitam­os as oportunida­des da crise para a melhoraria contínua da estratégia e contar com parceiros certos”, sustentou.

Também em curso estão novas estratégia­s a adaptar, à medida que evolui a pandemia do novo coronavíru­s.

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