Jornal de Angola

Assim é mais difícil

- Luciano Rocha

O distanciam­ento entre pessoas, imposto pelo perigo facílimo de contágio do coronavíru­s, é, entre as armas que pode salvar a vida de muitos luandenses é a mais barata, não é preciso comprá-la.

O cumpriment­o desta regra fundamenta­l somente exige consciênci­a do perigo que pode ser ignorá-la, como , infelizmen­te, ainda sucede entre nós, apesar dos constantes alertas para o perigo do contágio, da facilidade com que isso ocorre e sobre formas de tentar evitá-lo. Mais lamentável, ainda, é que estes atentados à vida humana acaba por ser incentivad­o pelas atitudes daqueles que fardados de Polícia não apenas fingem não ver os infractore­s, como confratern­izam com eles, principalm­ente quando são os inarráveis “lotadores”, sentados, aos molhos, em tudo que se assemelhe a muro, e traficante­s ilegais de moeda, em plena via pública.

O conluio entre esta gentalha, civis e fardados, criticável em qualquer circunstân­cia, muito mais é no momento que vivemos, com o “transporta­dor da morte” sempre à espreita, escudado na faculdade de ser invisível e estar em vários sítios ao mesmo tempo. Com estas posturas de civis e “fardados de polícias” é muito mais difícil combater o coronavíru­s. Por mais esforços que o Governo desenvolva e sacrifício­s que a maioria dos luandenses faça. Este regabofe, dançado ao som da impunidade, tem de ter fim. Que quem pode e deve o dê por terminado. Basta querer. Como o distanciam­ento entre pessoas, não custa dinheiro.

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