UNACA defende novos métodos para o escoamento de mercadoria
Apesar da pandemia de Covid19, os níveis de produção agrícola mantêm-se altos, devendo serem adoptados novos métodos para o escoamento de mercadorias, defende o presidente da Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas de Angola (UNACA), Albano Lussaty.
Realçou que a campanha agrícola 2019/2020 está prestes a terminar, pelo que sugere a criação de mecanismos para o escoamento dos produtos.
Uma das ideias avançada é o credenciamento dos agentes para evitar que os camponeses se desloquem das zonas rurais para as cidades, a fim de comercializarem os seus produtos.
Na óptica de Albano Lussaty, seriam os próprios agentes que pudessem ir ao encontro dos comerciantes, com vista a evitar-se o contágio da doença.
“É importante que haja uma campanha de sensibilização sobre o distanciamento social para se evitar o contágio no meio rural”, defende, para acrescentar que já decorrem a promoção de palestras junto das comunidades locais.
Disse que os camponeses têm de produzir e vender para criar as condições de aquisições de materiais de lavoura, já a pensar na campanha agrícola 2020/2021. Caso não aconteça, os homens do campo encontrarão enormes dificuldades.
“É preciso re-distribuir mais imputes agrícolas”, apelou o presidente da UNACA.
Na campanha 2019/2020, os camponeses receberam meios de mecanização agrícola embora em muitas regiões do país não tivessem cumprido com que o Governo decidiu sobre o funcionamento de brigadas de mecanização agrícola devido aos preços altos praticados para a lavoura.
Albano Lussaty elogiou os incentivos que o Governo adoptou no âmbito do alívio fiscal sobre a Covid-19, tendo ressaltando que se criou um ambiente de negócios salutar no campo, mas apela ao maior acompanhamento, dando inclusive formação aos agricultores.
Questionado sobre as razões da subida dos preços dos bens agrícolas essenciais no mercado informal, o responsável associativo alegou a inflação como estando na base da subida dos preços, inclusive da cesta básica no mercado. Apesar disso, realça que o mais importante é que haja o aumento do consumo dos produtos nacionais em comparação com os períodos anteriores à crise económica e financeira em 2014.