Financiamento do Estado chega às empresas do país
Representantes de 23 empresas deram, ontem, em Luanda, com o Ministério da Economia, o passo decisivo para aceder ao financiamento do Estado. A partir da próxima semana, INAPEM, BDA, BPC e dois fundos (FADRA e FACRA) começam a interagir com os empresários que assumiram o compromisso.
e Planeamento, Sérgio Santos, recomendou ontem um acompanhamento rigoroso do Instituto Nacional de Apoio às Micro Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) às empresas contempladas com o crédito das linhas de financiamento do Estado, que começam a ser adjudicados no quadro da mitigação dos efeitos económicos negativos provocados pela pandemia do novo coronavírus.
A partir da próxima semana, o INAPEM, o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), o Banco de Poupança e Crédito (BPC) e dois fundos - FADRA e FACRA - começam a interagir com os empresários que acabaram de assumir o compromisso com o Governo.
A propósito, o ministro sublinhou que o protocolo reveste-se de relevante importância, na medida em que se esgota o problema da falta de acompanhamento que se tem verificado em outras circunstâncias, em que os empresários receberam apoios e os mesmos foram empregues para outros fins.
Sérgio Santos teceu estas considerações no acto de assinatura dos memorandos de entendimento entre o INAPEM, os operadores de comércio e distribuição e as empresas fornecedoras de insumos, realizado ontem, em Luanda, no Instituto Nacional de Estatísticas, no qual representantes de 23 empresas deram o passo que lhes permite, doravante, aceder a uma linha de crédito de 122 mil milhões de kwanzas.
Sérgio Santos referiu que a assinatura dos memorandos representa a materialização das medidas apresentadas pelo Executivo, sublinhando que “elas são de facto um facto”, porque, nesta altura muito difícil, as empresas e as famílias, em geral, precisam de “verdadeiras acções a acontecer, pelo que, hoje, começamos a traçar um percurso que ultrapassa a fronteira das ideias e promessas, passando para a prática”.
O dirigente destacou a importância de se controlar “para que não haja desvios” das políticas traçadas, ou seja, “o financiamento para comprar a produção nacional, este financiamento deve servir para comprar a produção nacional, se for destinado para a compra de insumos agrícolas para importação ou por compra interna, este financiamento deve servir para aquele fim”.
Por outro lado, Sérgio Santos reconheceu que na implementação de medidas existem também muitas “vicissitudes”, algumas das quais não são atribuíveis ao empresário ou ao sistema financeiro e à banca, tais como problemas no sistema, embaraços e mudanças de cenários (cambial, taxas de juros), o que torna necessário fazer um acompanhamento, pois “cada caso é um caso” e deve permitir um plano de contingências, uma vez identificados os problemas.