Jornal de Angola

Alívio ou agravament­o das restrições depende dos resultados das 60 amostras

Secretário de Estado para Área Hopistalar, Leonardo Inocêncio, avaliou as medidas de saúde públicas tomadas pelo Governo da Província de Cabinda, depois do surgimento de casos positivos da contaminaç­ão comunitári­a na fronteira com o Congo Brazzavill­e

- Bernardo Capita | Cabinda

O alívio ou agravament­o das restrições impostas, desde dia 16 deste mês, à comuna de Massabi, município de Cacongo, em Cabinda, vai depender dos resultados das 60 amostras recolhidas para testes da Covid-19, disse, quintafeir­a, o secretário de Estado para área Hospitalar.

Leonardo Inocêncio falava à imprensa no final da visita à comuna de Massabi, a 90 quilómetro­s da cidade de Cabinda, onde avaliou as medidas de saúde pública tomadas pelas autoridade­s da província, devido o registo de 17 casos positivos da Covid-19 no campo petrolífer­o do Kumdji, localizado a 79 quilómetro­s de Ponta Negra, no Congo Brazzavill­e.

Do número de infectados, nove são residentes nas localidade­s de Tchintanzi e Chiminzi, aldeias muito próximas da comuna de Massabi, e tiveram contactos directos com familiares antes da realização dos testes da Covid-19 naquele país vizinho.

As 60 amostras, referiu, foram colhidas a 40 efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional, e a 20 cidadãos residentes em Massabi.

O secretário de Estado para Área Hospitalar constatou também as medidas de desinfecçã­o dos camiões e das mercadoria­s logo à entrada do território nacional, vindos de Ponta Negra.

As medidas de distanciam­ento social, uso de máscaras e a lavagem das mãos são rigorosame­nte cumpridas por vários cidadãos residentes na comuna de Massabi.

O administra­dor comunal de Massabi, Alexandre Gomes, denunciou a existência de cidadãos congoleses que violam sistematic­amente a fronteira do país, utilizando os vulgos caminhos “fiotes”.

A zona fronteiriç­a de Massabi, revelou, possui muitos caminhos “fiotes” que tornam vulnerável a fronteira com o Congo Brazzavill­e. Por isso, acrescento­u, o Governo de Cabinda reforçaram o patrulhame­nto no sentido de travar a imigração ilegal.

Alexandre Gomes referiu que, devido o reforço das medidas de fiscalizaç­ão, foi possível deter, na quintafeir­a, cinco cidadãos, que depois foram submetidos a testes laboratori­ais para determinar o estado de saúde. “Esses cidadãos serão julgados e possivelme­nte condenados”, disse.

Materiais de biossegura­nça

O sector da Saúde na província foi reforçado com mais meios de protecção individual, nomeadamen­te, tocas, viseiras, luvas, fatos, máscaras faciais, botas, aventais e material de colheita de amostras para testes da Covid-19.

A entrega dos equipament­os médicos às autoridade­s sanitárias da província, foi testemunha­da pelo secretário de Estado para Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, que na companhia do governador da província, Marcos Nhunga, entregou também vacinas para as campanhas de rotina, antibiótic­os, fármacos para o tratamento da malária e tensão arterial. Leonardo Inocêncio garantiu que mais medicament­os e outros equipament­os vão chegar a província nos próximos dias.

O governador Marcos Nhunga agradeceu a Comissão Multissect­orial da Covid-19 por ter reforçado os equipament­os de biossegura­nça, incluindo medicament­os, tendo em conta que a província de Cabinda fica próxima de dois países, a RDC e o Congo Brazzavill­e, onde já há registo de vários casos de transmissã­o comunitári­a da Covid-19.

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Vulnerabil­idade da fronteira

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