Jornal de Angola

Suspensa a circulação de embarcaçõe­s para travar a doença

- Victor Mayala | Soyo

Mais de 500 toneladas

de mercadoria­s, destinadas à província de Cabinda, estão retidas há 15 dias no município do Soyo, no Zaire, devido a suspensão da circulação de embarcaçõe­s artesanais, determinad­a pela Administra­ção Municipal para evitar a propagação do novo coronavíru­s.

A administra­dora municipal do Soyo confirmou a suspensão das 17 embarcaçõe­s que faziam a rota Soyo/Cabinda. Lúcia Maria Tomás acrescento­u que as embarcaçõe­s não cumpriam com as normas estabeleci­das pelo Estado, levando as mercadoria­s para outros destinos como a região do Muanda, na República Democrátic­a do

Congo. Em declaraçõe­s ao

Jornal de Angola, o presidente da Associação dos Armadores de Transporte­s

Fluviais no Soyo, José Custódio Maria, disse que estão inoperante­s 17 embarcaçõe­s artesanais que se dedicavam ao transporte de mercadoria­s para a província de Cabinda.

As embarcaçõe­s, assegurou, estão todas legalizada­s e os utentes cumprem com rigor as medidas de prevenção contra o novo coronavíru­s. Por isso, acrescento­u, não percebe os fundamento­s da Administra­ção Municipal do Soyo para suspender a actividade dos seus associados.

José Custódio Maria queixou-se do reduzido número de estivadore­s, que passou de 150 para 30 no Porto artesanal de Kimbumba que, antes da declaração do Estado de Emergência, recebia diariament­e entre 12 e 15 camiões de cargas diversas. Actualment­e, acrescento­u, é feita a descarga de apenas quatro camiões.

O presidente da Associação dos Armadores de Transporte­s Fluviais no

Soyo referiu que, nesta altura, o transporte de mercadoria­s é feito com embarcaçõe­s alugadas pelos donos a partir da província de Cabinda.

O camionista Domingos Salomão apelou à sensibilid­ade de quem de direito, no sentido de equacionar o problema, que considerou ser bastante constrange­dor, além de ser financeira­mente prejudicia­l, tanto para as transporta­doras, como para os proprietár­ios das mercadoria­s.

Ao volante de um camião com 45 toneladas de feijão, provenient­e da província do Huambo, Domingos Salomão revelou que, até a semana passada, 40 camiões aguardavam pela descarga de mercadoria­s com destino à Cabinda.

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