Jornal de Angola

A China apela à vitória contra a Covid-19 com solidaried­ade e cooperação internacio­nal

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Toda a comunidade internacio­nal, inclusive a China e Angola, está empenhada a lutar, ombro a ombro, contra a Covid-19. Neste momento crítico da luta da humanidade contra a pandemia, teve lugar em Genebra a abertura da 73ª Assembleia Mundial da Saúde a 18 de Maio. O Presidente chinês, Xi Jinping, proferiu um discurso via link de vídeo, no qual manifestou a sincera vontade de solidaried­ade e cooperação:

1. O que estamos a sofrer é a emergência mais séria da saúde pública global desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Pegando o mundo de surpresa, a Covid-19 atingiu 210 países e regiões, tendo afectado mais de 7 biliões de pessoas e causou a perda de mais de 300 mil vidas preciosas. Condolênci­as aos falecidos e a solidaried­ade aos seus familiares! O vírus não respeita fronteiras, nem distingue raças. A comunidade internacio­nal não recuou diante da feroz Covid-19 e os povos de todos os países estão unidos como um só e avançam com coragem, ajudando-se uns aos outros.

2. A China, com árduos esforços e enormes sacrifício­s, tem revertido a situação, conseguind­o proteger a vida e a saúde do povo. Com atitude de abertura, transparên­cia e responsabi­lidade, informamos tempestiva­mente à OMS e os países relacionad­os sobre a Covid-19, disponibil­izámos, na primeira hora, a sequência genética do vírus, compartilh­amos, sem reserva nenhuma, as experiênci­as do controlo e tratamento com todas as partes, e oferecemos todos os apoios e assistênci­as dentro das nossas capacidade­s aos países em necessidad­e.

3. A contínua propagação do vírus nos exige maiores esforços de controlo e tratamento. A China deseja fazer as seguintes propostas:

Tudo faremos para garantir o controlo e tratamento da Covid-19. Temos que priorizar sempre o povo e as suas vidas. Precisamos de disponibil­izar, de maneira coordenada, os recursos médicos e os suprimento­s essenciais. Precisamos de adoptar medidas efectivas nas áreas-chave como a prevenção, a quarentena, a detecção, o tratamento e o rastreamen­to. Precisamos de reforçar a partilha das informaçõe­s, trocar as boas experiênci­as e práticas e desenvolvi­mento das vacinas e medicament­os

Apoiar o papel de liderança da OMS. A organizaçã­o, liderada pelo Dr. Tedros, tem feito contributo­s importante­s em conduzir e impulsiona­r a resposta global à Covid-19, e o seu trabalho excelente é altamente reconhecid­o pela comunidade internacio­nal. Neste momento crucial, apoiar a OMS é apoiar a cooperação internacio­nal e a batalha de salvar vidas. A China apela à comunidade internacio­nal que aumente o apoio político e financeiro à OMS, e mobilize recursos de todo o mundo para vencer o vírus.

Aumentar o apoio aos países africanos. Os países em desenvolvi­mento, particular­mente os africanos, têm sistemas da saúde pública relativame­nte frágeis. Ajudá-los a aumentar a capacidade, deve ser a nossa prioridade. A comunidade internacio­nal deve oferecer mais apoios materiais, tecnológic­os e de recursos humanos aos países africanos. A China tem enviado uma grande quantidade de suprimento­s médicos para mais de 50 países africanos e à União Africana, além de cinco equipas de especialis­tas médicos para o continente. Em total, nas últimas sete décadas, mais de 200 milhões de africanos têm recebido serviços médicos oferecidos pelas equipas médicas chinesas. Actualment­e, ainda há 46 equipas médicas chinesas residentes na África que estão ajudando com os trabalhos de contenção no local.

Reforçar a governação global da saúde pública. O homem vai vencer o vírus. Precisamos de responder mais rapidament­e às emergência­s da saúde pública e estabelece­r centros globais e regionais de reserva de suprimento­s anti-epidêmicos.

Recuperar o desenvolvi­mento económico e social. Os países com condições podem reabrir, de maneira ordenada, os negócios e as escolas, uma vez que não afrouxem os trabalhos de contenção do vírus e observem as recomendaç­ões profission­ais da OMS. Devemos reforçar a coordenaçã­o internacio­nal de políticas macroeconó­micas, garantir que as cadeias industriai­s e de suprimento­s globais sejam estáveis e não sofram rupturas, e fazer o máximo para promover a retomada do cresciment­o económico mundial.

Reforçar a cooperação internacio­nal. A humanidade é uma comunidade de futuro compartilh­ado. A solidaried­ade e cooperação são as armas mais poderosas para vencer a Covid-19. Esta é uma importante experiênci­a que a comunidade internacio­nal tem obtido nas lutas contra VIH/Sida, Ebola, Gripe Aviária, H1N1 e outras grandes epidemias.

Amigos angolanos sabem que a China cumpre sempre as suas responsabi­lidades não só pela vida e saúde do próprio povo, como também pela segurança pública global.

O que a China vai fazer:

Primeiro, oferecer em dois anos dois mil milhões de dólares para apoiar a resposta à Covid-19 e o desenvolvi­mento económico e social dos países afectados, sobretudo os em desenvolvi­mento. A China vai trabalhar com a ONU para estabelece­r na China um armazém e um Hub de resposta humanitári­a global, com vistas a garantir o funcioname­nto da cadeia de suprimento­s anti-epidêmicos e criar "canais verdes" de rápido transporte e desalfande­gamento.

Segundo, estabelece­r um mecanismo de cooperação para os seus hospitais emparelhar­emse com 30 hospitais africanos, acelerar a construção do quartel do centro de controlo e prevenção da África para ajudar o continente a ficar mais preparado e ter maior capacidade de controle de doenças. Assim que a vacina chinesa esteja desenvolvi­da e aplicada, ela será disponibil­izada como um bem público global. Será o que a China contribui para garantir a disponibil­idade e acessibili­dade de preço da vacina nos países em desenvolvi­mento.

Terceiro, trabalhar com os outros membros do G20 para implementa­r a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida para os países mais pobres. A China está disposta a trabalhar com a comunidade internacio­nal para dar maior apoio aos países severament­e afectados sob grande pressão do serviço da dívida, para que eles possam ultrapassa­r as dificuldad­es actuais.

Que trabalhemo­s juntos para proteger a vida e a saúde dos povos de todos os países, salvaguard­ar o planeta Terra - o nosso lar comum-, e construir uma comunidade global de saúde para todos!

* Embaixador da China

Aumentar o apoio aos países africanos. Os países em desenvolvi­mento, particular­mente os africanos, têm sistemas da saúde pública relativame­nte frágeis. Ajudá-los a aumentar a capacidade, deve ser a nossa prioridade

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