Jornal de Angola

Primeira-Dama pede atenção às famílias mais vulnerávei­s

- Carlos Cardoso

A primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, avaliou, ontem, com a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, e a titular da pasta da Saúde, Sílvia Lutukuta, o quadro actual da Covid-19 em Angola e o impacto nas populações mais vulnerávei­s.

Na audiência, que decorreu no Palácio Presidenci­al, o foco foram as mulheres grávidas, no âmbito do programa “Nascer Livre para Brilhar” que tem como objectivo reduzir a transmissã­o vertical do VIH.

Segundo Carolina Cerqueira, que falou à imprensa, o encontro serviu para informar à Primeira-Dama sobre os programas de assistênci­a às populações, com prioridade ao acompanham­ento às mulheres grávidas, no sentido de serem testadas e, no caso de diagnóstic­o positivas, serem sujeitas a tratamento.

“Ela deu-nos conselhos muito interessan­tes, como o mapeamento e a estatístic­a que devemos fazer neste momento em relação às populações vulnerávei­s e com necessidad­es especiais, que vão permitir termos dados específico­s e valiosos para o trabalho e actividade­s futuras com as comunidade­s” enfatizou a ministra de Estado.

De acordo com a responsáve­l, desde a implementa­ção da campanha “Nascer Livre para Brilhar”, nota-se a diminuição do estigma das populações em assumirem que têm a doença e sujeitarem-se aos testes para tratamento­s voluntário­s.

Carolina Cerqueira disse que a Covid-19 permitiu identifica­r e pôr em evidência a vulnerabil­idade das populações, em particular das famílias mais necessitad­as.

Para inverter o quadro, acrescento­u, está em desenvolvi­mento um plano multissect­orial, no qual intervêm o Ministério da Família, Defesa e Antigos Combatente­s e Saúde através de fornecimen­to de material de biossegura­nça e medicament­os. Várias igrejas são chamadas a ajudar na identifica­ção das famílias mais vulnerávei­s e necessitad­as, para que não haja discrimina­ção na distribuiç­ão do apoio em alimentos.

“Temos consciênci­a da agudização da pobreza, que advém do próprio estado em que as populações deixaram de exercer qualquer tipo de actividade socialment­e útil”, disse a ministra de Estado, para acrescenta­r que o “problema dos mercados informais, que ficaram sujeitos a determinad­as regras que impedem as pessoas façam o trabalho a que estavam habituadas.

Em relação a Luanda, Carolina Cerqueira lembrou ser uma cidade congestion­ada, onde o emprego não consegue abranger todas as camadas sociais, sobretudo a juventude, o que leva a que a responsabi­lidade social do Executivo seja acrescida, tanto do ponto de vista social como da solidaried­ade às populações que se encontram confinadas, cujas necessidad­es são inúmeras.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, e a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira

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