Baixo risco de animais para humanos
Ao Diário de Notícias, o veterinário Alfredo Chambel recordou como o SARsCOv-2 “é particularmente mutante - o vírus que começou na China já não é exactamente aquele que está cá, porque sofreu mutações”, frisou.
O veterinário explicou que, por exemplo, os vírus dos gatos são “altamente agressivos”, nomeadamente o que provoca uma doença chamadaperitoniteinfecciosa felina. Contudo, são também vírus “muitos estáveis”. “Não há registos de que alguma vez tenham passado para os humanos”, refere.
“O que sabemos é que o vírus pode ser transmitido por contacto. Nos actos médicos que pratico, não toco em gatos - nem em cães - sem ser de luvas, porque o coronavírus pode estar na pele do animal e a próxima pessoa a fazer uma festa ao gato ou ao cão pode ficar infectada”, afirmou o veterinário.
Alfredo Chambel disse que, ainda assim, não há motivo para as pessoas entrarem em pânico com a possibilidade de contágio através do seu animal de estimação. O especialista tem afirmado o CDC (Centers for Disease Control and Prevention): “Não há provas de que os animais tenham um papel significativo na disseminação do vírus que causa a Covid-19”, lê-se no site da agência, que deixa recomendações em relação aos cuidados a ter com os animais de estimação.
O CDC avança também que, “com base nas informações limitadas disponíveis até ao momento”, o risco dos animais transmitirem a covid-19 para os seres humanos “é considerado baixo.”