Sagrada “comemora” regresso às Afrotaças
Diamantíferos pisaram palco africano pela última vez em 2016 e estreia absoluta aconteceu, em 2006, na Liga dos Clubes Campeões
Quatro anos depois, o Sagrada Esperança, da Lunda-Norte, pode rejubilar com o regresso à disputa das eliminatórias de acesso à fase de grupos da Taça da Confederação. A última vez que o conjunto diamantífero pisou o palco africano remonta ao ano de 2016, enquanto a estreia absoluta na competição aconteceu em 2006, na Liga dos Campeões, na altura, sob batuta do técnico Mário Calado.
Neste regresso às competições da CAF, ao clube da Lunda-Norte coloca-se o desafio de tentar superar o pecúlio alcançado nas duas anteriores presenças. Ou seja, se em 2016, a aparição dos lundas na prova não foi além da fase preliminar da Taça da Confederação, tendo ficado logo “ao virar da esquina”, vergado pelo Young African da Tanzânia, nesta nova empreitada espera-se que atinja a fase de grupos.
A verdade é que, na aparição de há quatro anos, nem mesmo a sorte esteve do lado do Sagrada Esperança. Apesar da magra vitória (1-0), arrancada “à ferro e fogo” no terreno do adversário, em jogo da “segunda mão” da terceira eliminatória, o golo solitário de Love Cabungula, viria a ser insuficiente para a equipa angolana lograr os intentos na prova africana, em virtude da derrota (0-2), consentida no embate da “primeira mão”, em plena cidade do Dundo.
A equipa diamantífera até começou bem a caminhada africana, que se previa ter desfecho triunfante, com a consagração na fase de grupos. Na primeira etapa da eliminatória, recorde-se, a equipa da Lunda-Norte havia eliminado o Ajax Cape Town da África do Sul, com um agregado positivo (3-2). Feito semelhante conseguiria o Sagrada na ronda seguinte, ao “despachar” a Liga Muçulmana de Moçambique, com favoráveis (2-1). A segunda etapa das eliminatórias não podia ser diferente tendo, na altura, o representante angolano nas Afrotaças eliminado o Vita Club de Mokanda do Congo, mercê do agregado de 4-1.
Como se pode facilmente depreender, razões de sobra têm os diamantíferos para acreditarem num regresso em grande ao palco africano. Num contexto em que se apresentam muito mais experientes, diferente da estreia, em 2006, em que comandados pelo técnico Mário Calado mostraram-se impotentes para seguir em frente, na então denominada Taça dos Clubes Campeões Africanos (actual Liga dos Campeões), ao perderem pela margem mínima (0-1), em Abidjan, diante do Asec Mimosas da Costa do Marfim, nos 16/avos de final. Na eliminatória anterior, os diamantíferos afastaram sem problemas a equipa do Civic da Namíbia.
Apesar de ter deixado intactas, nesse jogo, as impressões digitais de um campeão angolano, cujo futebol prometia muito, ao Sagrada Esperança pesou, sem sombra de dúvidas, a fraca experiência na competição. No jogo da “primeira-mão” desta eliminatória, o conjunto angolano empatou a duas bolas em Luanda. A equipa da LundaNorte, recorde-se, foi indicada pela FAF para representar o país na competição devido à desistência do Interclube do sorteio, por alegadas dificuldades financeiras para suportar a empreitada.
Refira-se, no entanto, que além do Sagrada Esperança, representam o país nas competições africanas o FC Bravos do Maquis (Taça da Confederação), Petro de Luanda e 1º de Agosto (Liga dos Campeões).