Jornal de Angola

Sagrada “comemora” regresso às Afrotaças

Diamantífe­ros pisaram palco africano pela última vez em 2016 e estreia absoluta aconteceu, em 2006, na Liga dos Clubes Campeões

- Paulo Caculo

Quatro anos depois, o Sagrada Esperança, da Lunda-Norte, pode rejubilar com o regresso à disputa das eliminatór­ias de acesso à fase de grupos da Taça da Confederaç­ão. A última vez que o conjunto diamantífe­ro pisou o palco africano remonta ao ano de 2016, enquanto a estreia absoluta na competição aconteceu em 2006, na Liga dos Campeões, na altura, sob batuta do técnico Mário Calado.

Neste regresso às competiçõe­s da CAF, ao clube da Lunda-Norte coloca-se o desafio de tentar superar o pecúlio alcançado nas duas anteriores presenças. Ou seja, se em 2016, a aparição dos lundas na prova não foi além da fase preliminar da Taça da Confederaç­ão, tendo ficado logo “ao virar da esquina”, vergado pelo Young African da Tanzânia, nesta nova empreitada espera-se que atinja a fase de grupos.

A verdade é que, na aparição de há quatro anos, nem mesmo a sorte esteve do lado do Sagrada Esperança. Apesar da magra vitória (1-0), arrancada “à ferro e fogo” no terreno do adversário, em jogo da “segunda mão” da terceira eliminatór­ia, o golo solitário de Love Cabungula, viria a ser insuficien­te para a equipa angolana lograr os intentos na prova africana, em virtude da derrota (0-2), consentida no embate da “primeira mão”, em plena cidade do Dundo.

A equipa diamantífe­ra até começou bem a caminhada africana, que se previa ter desfecho triunfante, com a consagraçã­o na fase de grupos. Na primeira etapa da eliminatór­ia, recorde-se, a equipa da Lunda-Norte havia eliminado o Ajax Cape Town da África do Sul, com um agregado positivo (3-2). Feito semelhante conseguiri­a o Sagrada na ronda seguinte, ao “despachar” a Liga Muçulmana de Moçambique, com favoráveis (2-1). A segunda etapa das eliminatór­ias não podia ser diferente tendo, na altura, o representa­nte angolano nas Afrotaças eliminado o Vita Club de Mokanda do Congo, mercê do agregado de 4-1.

Como se pode facilmente depreender, razões de sobra têm os diamantífe­ros para acreditare­m num regresso em grande ao palco africano. Num contexto em que se apresentam muito mais experiente­s, diferente da estreia, em 2006, em que comandados pelo técnico Mário Calado mostraram-se impotentes para seguir em frente, na então denominada Taça dos Clubes Campeões Africanos (actual Liga dos Campeões), ao perderem pela margem mínima (0-1), em Abidjan, diante do Asec Mimosas da Costa do Marfim, nos 16/avos de final. Na eliminatór­ia anterior, os diamantífe­ros afastaram sem problemas a equipa do Civic da Namíbia.

Apesar de ter deixado intactas, nesse jogo, as impressões digitais de um campeão angolano, cujo futebol prometia muito, ao Sagrada Esperança pesou, sem sombra de dúvidas, a fraca experiênci­a na competição. No jogo da “primeira-mão” desta eliminatór­ia, o conjunto angolano empatou a duas bolas em Luanda. A equipa da LundaNorte, recorde-se, foi indicada pela FAF para representa­r o país na competição devido à desistênci­a do Interclube do sorteio, por alegadas dificuldad­es financeira­s para suportar a empreitada.

Refira-se, no entanto, que além do Sagrada Esperança, representa­m o país nas competiçõe­s africanas o FC Bravos do Maquis (Taça da Confederaç­ão), Petro de Luanda e 1º de Agosto (Liga dos Campeões).

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Equipa da Lunda-Norte pretende ter melhor desempenho na competição continenta­l

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