Aumenta a prática de exercícios físicos
Os longos dias de confinamento social têm sido, para alguns, momentos de angústia, mas para outros de diversão. Há quem aproveita para passar mais tempo com a família, descobrir e aprender coisas novas e até mesmo dedicar-se às actividades que estimulam a mente e o corpo.
Na centralidade do Kilamba, muitos moradores aproveitam o dia com a prática de exercícios físicos, com maior frequência em quase todas as ruas, pátios e campos desportivos.
No período das 6 às 8h00, assiste-se a um movimento sem igual de pessoas, entre adolescentes, jovens, adultos e até mesmo idosos, a realizarem exercícios físicos para manterem a boa forma. Muitos também o fazem por recomendação médica. O cenário repete-se das 16 às 19h00.
Eric Semedo vive no Kilamba há cinco anos. À reportagem do Jornal de Angola conta que, mesmo antes de viver naquela centralidade, sempre fez exercícios físicos.
“No bairro onde vivi já frequentava um ginásio para manter a forma física e, acima de tudo, a preservar a saúde”, disse.
A exemplo de Eric, Ernesto Simbovale, desde as primeiras horas da manhã, percorre cerca de três quilómetros. “Todos os dias, saio de casa às 6 horas para caminhar e regresso às 7h30 para fazer os exercícios físicos, antes de ir trabalhar. Confesso que, durante o dia, me sinto muito bem por conta disso”, reconheceu.
Um facto curioso e não muito comum no Kilamba é a prática de exercícios em grupos. Muitas famílias, entre adultos e crianças, preenchem os passeios, a beira das estradas, fazendo longos percursos a pé.
Eufrásio Delgado conta que a ideia surgiu desde os primeiros dias em que foi decretado o Estado de Emergência. “Inicialmente, eu e minha esposa fazíamos caminhadas, mas depois decidimos incluir, também, as crianças que, devido a pandemia da Covid-19, estão mais tempo em casa”, explicou.
A família Timóteo também é um exemplo. Todos os dias saem, em companhia de mais pessoas, para percorrerem dois quilómetros. Fazem da prática de exercícios físicos um hábito que tem ajudado na união da família.
Inácio José tem 58 anos e, desde ano passado, descobriu que é hipertenso. Explica que não tinha o hábito de praticar exercícios físicos, mas, por recomendação médica, passou a dedicar-se a essa rotina.
Tal como Inácio José, Hélder Bernardo também padece de hipotensão. “Vivo há dois anos com problema de pressão arterial acima do normal e, em determinados momentos, sinto fortes tonturas. Após alguns exames médicos, aconselharam-me, além da medicação, a caminhar bastante”.
Muitos temem andar até tarde, pois algumas avenidas ainda continuam sem iluminação pública.
No período das 6 às 8h00, assiste-se a um movimento sem igual de pessoas, entre adolescentes, jovens, adultos e até mesmo idosos, a realizarem exercícios físicos para manterem a boa forma