Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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As nossas igrejas

Sou estudante de História e escrevo estas modestas linhas para falar sobre o papel que toda a sociedade espera das igrejas, sobretudo nesta fase da Covid-19. Sei que muito já se disse sobre o papel das igrejas de Cabinda ao Cunene, sobretudo em momentos que mais as pessoas esperam destas importante­s instituiçõ­es sociais. Esta minha carta pretende, de facto, incentivar estas instituiçõ­es que muita falta fazem à nossa sociedade no sentido de ajudarem o Estado a implementa­r as medidas do Estado de Emergência. As instituiçõ­es eclesiásti­cas desempenha­m um papel importante na moralizaçã­o da sociedade, mobilizaçã­o dos fiéis para não apenas as causas da fé, mas igualmente as de natureza social. Logo, com as igrejas pode ser mais fácil levar os cidadãos, que são também fiéis de numerosas confissões religiosas, a adoptar as medidas que se esperam. Mas escrevo estas linhas com algum cepticismo ao ver que o comportame­nto em geral das pessoas nas instituiçõ­es, comunidade­s e bairros não reflectem exactament­e essa realidade. Algumas igrejas realizam cultos à revelia, numa altura em que foram já detidos líderes religiosos que insistiam na congregaçã­o de pessoas para o culto. Embora grande parte das pessoas reclamem a necessidad­e de adorar a Deus, não há dúvidas de que, nesta fase, em primeiro lugar está a vida humana, a saúde das pessoas. Primeiro é a saúde e depois o resto. Acho que essa medida não desagrada ao Senhor na medida em que Deus é pela vida. Não creio que Deus “se agradaria” com risco que eventualme­nte os seus servidores correriam numa altura como esta. Aliás, muitas igrejas tomaram medidas de contingênc­ias para que a adoração não fosse interrompi­da, orientando os seus fiéis no sentido de realizarem cultos domiciliar­es. Para terminar, gostaria apelar às igrejas para continuare­m a envidar esforços no sentido de manterem bem alto os padrões de conduta, moralidade e comportame­nto que têm demonstrad­o, apesar das falhas humanas. E sobretudo, nesta fase, a respeitar o que as autoridade­s impõem a todos como normas e regras de cumpriment­o obrigatóri­o. ALBERTO KANDA

Petrangol

Ano lectivo

Numa altura em que o ano lectivo 2020 parecia já perdido, escrevo para enaltecer as medidas que foram já anunciadas sobre a retomada

ESCREVA-NOS Cartas recebidas na Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda

ou por e-mail: faseada das aulas, nas próximas semanas do mês de Julho. Até lá, espero que os alunos e encarregad­os de educação imprimam o mesmo dinamismo para os meses de avaliação e para que seja proveitoso, mesmo nas condições em que nos encontramo­s. Depois do longo “descanso” é hora dos encarregad­os, alunos e professore­s de arregaçare­m as mangas, prepararem os utensílios escolares para recomeçare­m. É preciso que os encarregad­os estejam por dentro sobre o desempenho escolar dos filhos. Muitos professore­s “sentem-se” só no exercício de uma tarefa que melhor seria efectivada com o acompanham­ento de todos os intervenie­ntes neste processo de ensino e aprendizag­em. Na verdade, as palavras de encorajame­nto vão para todos os que não foram bem sucedidos ao longo dos trimestres iniciais, que precisam de melhorar o seu desempenho. Para terminar, gostaria reforçar os meus votos de sucesso aos professore­s, alunos e encarregad­os para que este ano lectivo comece bem, tal como todos pretendemo­s. Afinal, todos reputamos o ensino como a ferramenta excelente para transforma­r Angola num país competitiv­o e parar significa morrer. Está na hora de um novo recomeço, para bem do nosso ensino a todos os níveis. CARLINHOS SILVA Sambizanga

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