Desconhecidos vandalizam 25 apartamentos
Cidadãos ainda não identificados retiraram tudo de valor que havia em 25 casas na centralidade, construídas há vários anos, mas que até então estavam fechadas porque o processo de comercialização e arrendamento ainda não arrancou
Ao todo, 25 dos 730 apartamentos desocupados na Centralidade do Mussungue, arredores da cidade do Dundo, capital da LundaNorte, foram completamente vandalizados por indivíduos ainda não identificados, levando portas, janelas, fechaduras, loiça sanitária, material eléctrico e de canalização.
Apartamentos desocupados na Centralidade do Mussungue, na cidade do Dundo, capital da Lunda-Norte, estão a ser vandalizados, pelo que o administrador municipal do Chitato, Gastão Cahata, apela às entidades competentes a comercializarem as casas com urgência, pois, a seu ver, é a única forma de se pôr cobro a esta situação.
Gastão Cahata apresentou esta sugestão ao governador provincial , Ernesto Muangala, e a responsáveis dos serviços locais do Fundo de Desenvolvimento Habitacional (FDH) e da Imogestin, com quem manteve encontros.
“Creio que a única forma de evitarmos as acções de vandalismo na centralidade é a comercialização dos mais de 700 apartamentos que estão desocupados”, disse ao Jornal de Angola.
O administrador municipal informou que no encontro que manteve com responsáveis do FDH e da Imogestin recebeu orientação para o seu elenco “trabalhar com celeridade” para a entrega dos apartamentos aos cidadãos que se candidataram para a compra há mais de quatro anos.
“O Governo Provincial orientou a Administração Municipal para reforçar a segurança na centralidade e a vigilância nos edifícios onde os vândalos direccionam as suas acções”, informou, adiantando que o reforço da segurança será feito através de policiamento motorizado e apeado.
“A falta de iluminação pública em algumas zonas da centralidade tem propiciado a acção dos marginais”, acrescentou .
Apartamentos vandalizados
Ao todo, 25 dos 730 apartamentos desocupados foram vandalizados, segundo o responsável do Fundo de Desenvolvimento Habitacional na província, António Fernandes, revelando que os marginais levaram portas, janelas, fechaduras, loiça sanitária, material eléctrico e de canalização.
“Algumas vezes”, acrescentou , “os meliantes utilizam apartamentos desocupados para descansarem no período da noite”.
Grande parte dos 419 prédios que compõem a centralidade do Mussungue, segundo António Fernandes, não tem
protecção física, e a preferência dos marginais têm sido as casas dos últimos andares por despertarem menos atenção dos moradores.
Processo de entrega dos apartamentos
António Fernandes disse que a morosidade do processo de entrega das casas aos candi
datos deve-se ao facto de a empresa Pan China, responsável pela construção da Centralidade do Mussungue, não ter ainda concluído as obras nos 730 apartamentos localizados nos últimos pisos dos edifícios de cinco andares. “Neste momento estão em curso trabalhos de revestimento dos terraços para travar
a infiltração das águas das chuvas”, explicou. “Depois da conclusão das obras”, adiantou António Fernandes, “os candidatos vão receber as residências através da modalidade de arrendamento, uma vez que já foram preenchidas todas as vagas para o processo de rendas resolúveis e comercialização para cidadãos que apresentarem capacidade financeira”.
Inaugurada há três anos
A primeira fase da construção da Centralidade do Mussungue foi inaugurada em Agosto de 2017. Implantada numa área de 116 hectares, o projecto comporta 419 prédios de 18, 11, nove e cinco andares.
Os apartamentos são de topologias T-3, 4 e cinco, sendo que em termos globais, a cidade, que começou a ser construída em 2009, foi concebida para albergar 30 mil famílias. A centralidade tem várias infra-estruturas, entre as quais um hospital, com capacidade para 90 camas, uma escola de 50 salas de aula, sistema de distribuição de água potável, Estação de Tratamento das Águas Residuais e uma central térmica.
Um dos principais défices da Centralidade do Mussungue, desde que começou a ser habitada, tem a ver com insuficiências de gestão e manutenção das infra-estruturas, sobretudo, as valas de drenagem das águas pluviais.
A Centralidade é controlada pela Administração Distrital de Mussungue, que se subordina à Administração Municipal do Chitato.