Continente africano com mais de 232 mil casos e 6.200 mortes
Entre os países lusófonos, a Guiné-Bissau é o país que tem mais infecções e mortes pelo novo coronavírus, com 1.460 casos, e um registo de 15 vítimas mortais
Os dados mais recentes sobre a pandemia em África indicam que o número de infectados subiu de 225.105 para 232.815, isto é, mais 7.710 que no sábado.
Já o número de recuperados é agora de 106.459, mais 3.613.
A África Austral é a que regista mais casos de infecção pelo novo coronavírus - 69.251 e 1.454 mortes -, a grande maioria concentrada na África do Sul, o país com mais casos em todo o continente, e que regista hoje 65.736 doentes e 1.423 vítimas mortais.
O Norte de África continua a liderar no total de mortes: 2.585, contabilizando 65.424 infecções. A África Ocidental regista 932 mortos e 49.512 infecções, a África Oriental tem 802 vítimas mortais e 25.914 casos, enquanto na África Central há 471 mortos em 22.714 infecções.
O Egipto é o país com mais mortos (1.484) em 42.980 infecções, seguindo-se a África do Sul e depois a Argélia, com 760 vítimas mortais e 10.810 infectados.
Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infecções e mortes, com 1.460 casos, e um registo de 15 vítimas mortais.
Cabo Verde tem 726 infecções e seis mortos e São Tomé e Príncipe contabiliza 659 casos e 12 mortos, segundo as autoridades locais.
Moçambique conta 553 doentes infectados e dois mortos e Angola tem 138 casos confirmados de covid-19 e seis mortos.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mantém há mais de uma semana 1.306 casos e 12 mortos, segundo o África CDC.
O primeiro caso de Covid19 em África surgiu no Egipto em 14 de Fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 427 mil mortos e infectou mais de 7,7 milhões de pessoas em mais de 200 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa France Press.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
"Há escassez de laboratórios de diagnósticos. Os países que têm menos acesso a testes fiáveis irão abrandar a testagem, enquanto os outros poderão continuar a testar de forma mais eficiente e inclusiva. Por isso, um dos grandes desafios é assegurar que os países têm um abastecimento constante e regular de 'kits'", disse.
O África CDC lançou a Parceria Estratégica para Acelerar a Testagem (PACT, na sigla em inglês) com o objectivo de acelerar até aos 10 milhões, nos próximos três ou quatro meses, o número de testes realizados no continente, actualmente a rondar os quatro milhões, a grande maioria dos quais têm sido distribuídos aos Estadosmembros pela União Africana.
A organização pan-africana criou igualmente uma plataforma electrónica para compras em bloco de testes, materiais e equipamentos necessários à luta contra a Covid-19, tendo, segundo o África CDC, já assegurado 15 milhões de testes para o continente.
"O ritmo de testagem tem de acelerar. Com o crescimento da transmissão ao nível dos países, as nossas acções têm de reflectir esse ritmo e aumentar a testagem muito rapidamente", sustentou Ahmed Ogwell Ouma.
Além dos testes, o director-adjunto do CDC apontou também os recursos humanos como uma das necessidades imediatas, bem como o financiamento necessário à implementação da estratégia continental de luta contra a pandemia.