Serviço Secreto admite uso de gás pimenta contra manifestantes
O Serviço Secreto dos Estados Unidos admitiu o uso, este mês, de gás pimenta para dispersar manifestantes em frente da Casa Branca, para que o Presidente passasse, após quase duas semanas a negar o uso de um agente lacrimogéneo.
A admissão, no fim-desemana, do corpo que trata da segurança do Presidente, Donald Trump, aconteceu quando há novos protestos em todo o país devido à violência policial contra os afroamericanos, incluindo uma manifestação com pelo menos 300 pessoas no centro de Washington.
O incidente a que se referiu o Serviço Secreto aconteceu no dia 1 de Junho, quando agentes federais dispersaram subitamente os manifestantes no Parque Lafayette, contíguo à Casa Branca, para que o Presidente norte-americano pudesse sair da residência, cruzar a praça e fazer-se fotografar em frente de uma Igreja com uma bíblia na mão. Quatro dias depois o Serviço Secreto assegurou que “ninguém do seu pessoal usou gás lacrimogéneo ou gás pimenta” nessa operação, recordou a agência em comunicado divulgado no sábado.
E a agência acrescenta no comunicado que depois disso soube que um dos funcionários usou um aerossol de pimenta durante a operação, para “responder a um indivíduo” com atitude “de assalto”.
Durante quase duas semanas a Casa Branca acusou a imprensa de mentir sobre o uso de gás pimenta ou com efeito lacrimogéneo nesse dia.
A confirmação do uso do gás acontece no terceiro sábado consecutivo de protestos nos Estados Unidos contra a violência policial, iniciados com o homicídio do afro-americano George Floyd a 25 de Maio,quandoumPolíciabranco pressionou o pescoço da vítima, com um joelho, durante quase nove minutos.