Os Estados, as empresas e o crescimento económico
A crise económica e sanitária, causada pela pandemia da Covid-19, continua a afectar muitos países do mundo, estando as autoridades do nosso país a tomar as medidas que possam mitigar os efeitos nefastos decorrentes de uma doença que está a paralisar muitos sectores da economia mundial, ao ponto de empresas de grande dimensão terem de pedir ajuda a Estados para sobreviverem.
Sabe-se hoje que muitas empresas no mundo estão a ir à falência, estando governos a fazer esforços, ao nível financeiro, para evitar a destruição de empregos que são garantidos por grandes. pequenas e médias unidades de produção.
Já escrevemos neste espaço que não é fácil para qualquer governo do mundo gerir duas crises simultaneamente - uma económica e outra sanitária - o que tem obrigado países a convidar os seus melhores quadros, nomeadamente da área da economia, para estudarem o fenómeno e darem soluções para os problemas decorrentes da Covid-19.
Sabe-se que estadistas de várias partes do mundo estão, perante um quadro de muitas incertezas, a recorrer a académicos de elevada qualificação para solucionar problemas da sociedade, em que as exigências são constantes e nem sempre há soluções imediatas para as satisfazer na totalidade.
Os problemas económicos e sociais que o mundo vive hoje requerem além dos esforços internos dos países que, no caso de África, um continente já assolado pela pobreza extrema, têm de se endividar ainda mais ou de pedir moratórias para pagar as suas dívidas -, concertações ao nível de organizações regionais, para que estas possam, com mecanismos de solidariedade, superar as crises que afectam todos o seus membros.
Não é possível a nenhum Estado lutar isoladamente nestes tempos contra as crises económica e sanitária, para as quais o mundo não estava preparado.
Instaladas as crises, cada país tem feito o seu trabalho de casa, com menor ou maior dificuldade. Angola quer potenciar a produção interna e evitar que pequenas e médias empresas vão à falência, por via de incentivos de diversa natureza. O financiamento das empresas no nosso país, muitas das quais estão com graves problemas de tesouraria, é hoje vital para travar o aumento da taxa de desemprego. O desemprego é um dos grandes problemas que os governos de todo o mundo estão a enfrentar neste momento de recessão económica global.
Como disse recentemente um alto funcionário da União Europeia, as pequenas e médias empresas são a espinha dorsal do crescimento económico. Este alto funcionário da União Europeia quis alertar para o facto de que não se devem abandonar as pequenas e médias empresas, sob pena de os problemas económicos e sociais se agravarem.