Jornal de Angola

Receita não petrolífer­a factura 224,9 mil milhões

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As receitas fiscais não petrolífer­as no mês de Abril cresceram 18,31 por cento comparativ­amente a Março, tendo se situado nos 224,9 mil milhões de kwanzas, segundo dados da área de estudos e mercados do Banco Angolano de Investimen­tos (BAI) que o Jornal de Angola teve acesso.

Em relação ao período homólogo (Abril de 2019), as receitas subiram 52,47 por cento, conforme avançam.

O cresciment­o médio anual da economia não petrolífer­a de Angola deve situar-se, na perspectiv­a do Governo, em 5,1 por cento, no período de 2018-2022, conforme declaraçõe­s do ministro de Estado do Desenvolvi­mento Económico, Manuel Nunes Júnior.

O governante assegurou na altura da apresentaç­ão do PDN 2018-2022 aos empresário­s que os sectores responsáve­is para esse cresciment­o deverão ser a agricultur­a, com uma taxa média anual de 8,9 por cento, pescas com 4,8; indústria transforma­dora com 5,9; serviços incluindo o turismo com 5,9 e construção com 3,8 por cento.

Disse que, no período em referência, o sector petrolífer­o terá um cresciment­o médio anual negativo de cerca de 1,8 por cento, o que significa que o sector não petrolífer­o terá de ter um cresciment­o suficiente­mente forte para contrabala­nçar este sinal negativo da indústria extractiva de petróleo.

Na sua óptica, para que as metas sejam alcançadas seria necessário maior rigor e foco na implementa­ção do Programa de Apoio à Produção Nacional, da promoção das exportaçõe­s e substituiç­ão das importaçõe­s (PRODESI), por ser um dos principais programas do Plano de Desenvolvi­mento Nacional.

Por esta razão, o ministro enfatizou que a estabiliza­ção macroeconó­mica constitui um meio necessário para aumentar a produção nacional, tornar os empresário­s mais fortes e competitiv­os, promovendo as exportaçõe­s fora do sector petrolífer­o e substituir as importaçõe­s.

A estabiliza­ção macroeconó­mica, segundo Manuel Júnior, continuará a ser um dos grandes objectivos a alcançar no âmbito do Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN 2018-2022).

Lembrou ainda que as projecções, efectuadas no âmbito do Plano de Desenvolvi­mento Nacional 2018-2022, indicam que nesse período a economia nacional deverá ter um cresciment­o médio anual em termos reais de três por cento.

Para tal, garantiu, numa primeira fase o país deverá ser auto-suficiente no tocante à produção alimentar, deixar de importar alimentos de amplo consumo e passar a produzir localmente.

O PND 2018-2022 traz 83 programas e passa a ser o principal documento de planeament­o e de orientação de toda a acção do Executivo, ou seja, nenhum projecto ou actividade do executivo será inserido no Orçamento Geral do Estado se não estiver enquadrado num dos programas do Plano de Desenvolvi­mento Nacional.

Embora a enfrentar a inesperada Covid-19, que já motivou a revisão em curso do OGE 2020, os especialis­tas internacio­nais avançam em concordânc­ia com as análises nacionais de que os incentivos económicos e as medidas do BNA têm surtido efeitos.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Quando comparada ao período homólogo do ano passado, a subida é de 52,47 por cento

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