Pólo diamantífero de Saurimo vai criar mais de 5 mil empregos
Ministro Diamantino Azevedo assegura que 20 por cento da lapidação dos diamantes vão ser feitos nessa infra-estrutura que representa um investimento de cerca de Usd 80 milhões
O Pólo Diamantífero de Saurimo, na Lunda-Sul, vai garantir a lapidação interna de 20 por cento dos diamantes brutos explorados na região, contra os actuais cerca de dois por cento, além de gerar mais de cinco mil postos de trabalho, anunciou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
O Pólo Diamantífero de Saurimo, na Lunda-Sul, vai garantir na plenitude funcional condições para o país concretizar o objectivo de lapidar internamente até 20 por cento dos diamantes brutos explorados, contra os actuais cerca de dois por cento, além de gerar mais de cinco mil postos de trabalho.
De acordo com o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, as infra-estruturas do Pólo estarão prontas em Novembro e estão avaliadas em 77 milhões de dólares, mais um investimento complementar de dois milhões e trezentos mil dólares. As obras tiveram início em Outubro de 2019.
Ao intervir no acto de apresentação do pólo ontem, em Luanda, o ministro garantiu que as obras do pólo se encontram a 50 por cento na execução física e nela estarão disponíveis cerca de 26 lotes para fábricas de lapidação com maiores e pequenas dimensões. Em relação à capacidade de lapidação, Diamantino Azevedo, lembra que até muito recentemente existia apenas uma fábrica, tendo surgido mais três, todas elas localizadas em Luanda.
Não obstante isso, o Ministério, como representante do Governo, criou uma nova política de comercialização e respectivo regulamento, onde previu como meta a lapidação de pelo menos 20 por cento da produção. Contudo, reconhece, estas metas representam um grande desafio, porque não é fácil chegar a 20 por cento da lapidação.
Na infra-estrutura do pólo em construção, está já concluída a principal fábrica de lapidação. Em fase adiantadas, estão também quatro naves industriais principais, nas quais vão ser instaladas, o Centro de Formação em Avaliação e Lapidação de Diamantes, sob responsabilidade da SODIAM, além de outras fábricas de lapidação de menor dimensão.
O ministro garantiu, por outro lado, que o Executivo está empenhado no aumento da produção, na implementação de novos projectos de prospecção, na diminuição do garimpo ilegal, na organização da exploração semiindustrial, criação de um sistema de comercialização robusto, transparente e de cariz internacional, que passará pela criação da bolsa de diamantes e da capacidade interna de lapidação.
O empresariado privado nacional e estrangeiro terão
a oportunidade de instalar as suas fábricas no Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo.
De acordo com o ministro Diamantino Azevedo, logo que as infra-estruturas terminarem,
será a vez dos empresários assumirem as suas responsabilidades, pois que o Executivo fez a sua parte ao criar as infra-estruturas e as condições para o surgimento das fábricas.