Ministra constata situação do Curoca
A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher admitiu dificuldades das comunidades do município do Curoca, província do Cunene, no acesso à água potável e aos mantimentos para a sua sobrevivência, devido à escassez cíclica das chuvas na região.
Faustina Alves, que visitou a região, disse que a situação da água e da produção agrícola melhorou para certas zonas da província, com excepção do Curoca, que continua a ter grandes dificuldades no abastecimento de água para promover actividades agrícolas e o pasto.
A ministra deslocou-se ao município do Curoca por estrada, no âmbito de uma visita de três dias de constatação do cumprimento das medidas de prevenção e combate à Covid-19. Lembrou, a propósito, que o Curoca é um território com muitos desafios, que vão desde as vias de acesso à escassez de água. “Foi uma boa experiência passar por aquelas estradas, ver a forma de vivência dos diferentes grupos étnico-linguísticos que habitam no município, as dificuldades vividas e outras características da zona”, sublinhou a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher.
O município do Curoca, a 333 quilómetros de Ondjiva, é o mais pobre dos 164 do país, segundo o primeiro Relatório sobre a Pobreza Multidimensional feito pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e apresentado em Novembro de 2019.
O documento mostra que 90 por cento dos habitantes desse município não tem acesso ao emprego, educação, saúde e habitação.
No Cunene, a ministra visitou, também, a família Haindinguile, nos arredores de Ondjiva, constituída por mais de setenta membros, a quem entregou bens de primeira necessidade. Os mesmos debatem-se com complicações de má formação congénita nos membros inferiores e superiores.