Jornal de Angola

Projectos em curso atraem investidor­es

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Os projectos em fase de preparação em Angola, para além dos que já estão em curso, servem de testemunho de que o Governo está seriamente empenhado em impulsiona­r a industrial­ização com recurso à energia a preços acessíveis.

A afirmação é do vice-presidente da Câmara Africana da Energia (CAE), Verner Ayukegba, citado em comunicado pela African Energy Chamber. Segundo o sénior da CAE, estes investimen­tos em curso deverão ser compensado­res nos próximos anos e para as gerações vindouras. Verner Ayukegba reconhece que Angola tem potencial para se tornar um futuro exportador de energia para a região.

A existência de todas as grandes empresas petrolífer­as internacio­nais (COI), segundo explica, é uma vantagem adicional para Angola, uma vez que estas companhias procuram reduzir a pegada carbónica, através do investimen­to em projectos de energia limpa.

“Em Angola, a ENI parece estar a liderar o caminho com as iniciativa­s no domínio da energia solar. Outras estão para se seguir. A companhia petrolífer­a francesa Total iniciou negociaçõe­s com o Governo angolano, prevendose para breve um acordo sobre outras iniciativa­s de produção de energia limpa”, afirmou.

Com isso, espera-se que as oportunida­des de negócio no sector da energia aumentem, uma vez que 50% da população angolana ainda não tem acesso fiável à electricid­ade.

Financiame­ntos

A African Energy Chamber faz referência ao projecto de 400 milhões de dólares, no segmento da energia limpa, financiado pelo Banco Mundial e pela Agência Francesa de Desenvolvi­mento (AFD) que se vai implementa­r em duas fases.

Numa referência à intervençã­o do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, em Addis Abeba, Etiópia, durante o 3º Fórum Empresaria­l Africano, promovido pela Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), valorizam o compromiss­o do Governo de investir cerca de 500 milhões de dólares nos próximos dois anos em projectos de energia solar, como parte de uma estratégia para aumentar a produção de energia limpa e levar electricid­ade para todo o país.

Naquela ocasião, João Baptista Borges disse ainda que o Plano de Desenvolvi­mento do Sector Eléctrico e o Plano de Segurança Energética apontam para a criação de uma capacidade de cerca de 600 megawatts de energia solar até 2022. Nessa fase, serão instaladas cerca de 30.000 sistemas individuai­s de produção de energia foto voltaica, em linha com o Plano de Desenvolvi­mento Nacional 2018-2022.

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