Moradores insatisfeitos com as facturas da água
Parte dos habitantes da Centralidade do Kilamba contactados pelo “JA” alegam que os preços não condizem com o consumo
Moradores da Centralidade do Kilamba consideram elevado o preço nas facturas do consumo de água dos últimos três meses, cobrado pela Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL). Caso não haja resolução do problema, prometem saír à rua, em forma de protesto contra a injustiça.
Os habitantes alegam que os preços não condizem com o consumo. “A EPAL não faz leitura dos contadores, porque muitos já não funcionam, logo a cobrança é feita de forma aleatória. Não acreditamos que num mês consumimos 10, 15 ou 20 mil kwanzas de água, que nos obrigam a pagar”.
Em declarações ao Jornal de Angola, o porta-voz da Empresa Pública de Água de Luanda esclareceu que a EPAL está a par da situação e reconhece que, nos últimos três meses, a contagem não foi feita pelo contador, como é habitual, devido às medidas de prevenção contra a propagação da Covid-19.
Dada a situação do novo coronavírus, disse que não foi possível efectuar o processo normal para a recolha de leituras nos contadores de cada apartamento. De acordo com
Vladimir Henda, para os clientes da classe doméstica da Centralidade do Kilamba, no mês de Março o consumo foi estimado em dez metros cúbicos, correspondentes a 3.887.86 cêntimos.
Em Abril, acrescentou, o valor fixou-se em 20 metros cúbicos e o valor pago é de 9.094.69 cêntimos.
Já em Maio, a facturação foi feita pela média de consumo e com uma ponderação até, no máximo, 13 metros cúbicos, correspondente a 5.451.57 cêntimos.
O porta-voz informou que, nos próximos dias, será feita a leitura dos contadores para o acerto dos consumos e aos clientes que tiverem um consumo inferior do valor estimado, a EPAL fará um crédito dos metros cúbicos facturados a mais. Vladimir Henda referiu que, se o consumo for superior o cliente pagará a diferença.
As facturas de Maio já se encontram disponíveis.
Distribuição gratuita
A Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL) tem levado a cabo, no âmbito do Programa de Apoio às populações, a distribuição gratuita às áreas sensíveis.
O plano traçado no quadro das medidas de prevenção contra à Covid-19, com o envolvimento de 67 camiões cisterna, tem beneficiado unidades sanitárias, morgues, instituições prisionais, mercados, bem como os “chafarizes móveis”, para abastecimento às zonas sem rede de distribuição operacional.Durante um balanço feito em Abril último, foram destacados os esforços que estão a ser feitos no sentido de garantir o stock de produtos químicos, destinado ao tratamento e produção de água potável.
O referido plano conta com acolaboraçãodeváriosparceiros privados, tais como as empresas Multiparques, Sinohydro, Odebrecht, CGGC, CTCE, António Silva, Arlindo Correia e Omatapalo. Fazem ainda parte a Angolaca, MCA B e Sonangalp (que asseguram o fornecimento de combustível para a frota disponibilizada pelas empresas acima citadas).
A Empresa Pública de Água de Luanda tem levado a cabo, no âmbito do Programa de Apoio às populações, a distribuição gratuita às áreas sensíveis