Comemorações do Dia Nacional sofrem alterações
A efeméride é assinalada este ano sob o lema “Unidade, Estabilidade e Desenvolvimento”. Acto central vai decorrer na Praça da República, com a participação de duas mil pessoas, das 16 mil que estavam inicialmente previstas
O programa das comemorações alusivas ao 45º Aniversário da Independência Nacional sofreu, ontem, alterações, devido à situação da pandemia da Covid19. Dos 16 mil participantes, a Praça da República vai receber apenas dois mil.
O programa das comemorações alusivas ao 45º Aniversário da Independência Nacional sofreu, ontem, alterações, devido à situação imposta pela pandemia da Covid-19.
A Comissão Interministerial para a Organização das Acções Comemorativas alusivas ao 45º Aniversário da Independência Nacional esteve reunida ontem, para avaliar o estado dos preparativos. A reunião foi orientada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil e coordenador da Comissão, Adão de Almeida.
O ministro da Administração do Território e coordenador do grupo técnico da Comissão, Marcy Lopes, disse que diante do actual cenário da pandemia global, o programa inicialmente previsto fica quase completamente alterado na sua estrutura.
Deste modo, disse, se inicialmente a Comissão estava a trabalhar com um programa para 16 mil pessoas, na Praça da República, junto ao Mausoléu, com o ajustamento poderão participar, apenas, duas mil pessoas.
O ministro lembrou que não será descurada a componente do distanciamento físico e as regras de biossegurança. “Com a Covid-19, o cenário teve de ser alterado. Já não serão 16 mil pessoas. Serão apenas duas mil, observando as regras de distanciamento físico. O acesso deve ser feito na base de convite”, disse Marcy Lopes, que falou do programa ajustado das comemorações que este ano vai decorrer sob o lema “Unidade, Estabilidade e Desenvolvimento”.
No termo da reunião, o ministro da Administração do Território, departamento ministerial que coordena as efemérides nacionais, informou que estavam previstos inicialmente dois desfiles, um militar e um cívico, com mais de 500 pessoas, mas ficaram suprimidos. Com a aprovação do programa ajustado, acrescentou, deve ser realizada uma exposição de tropas em parada, com 700 efectivos dos órgãos de Defesa e Segurança, sem deixar de serem observadas regras de biossegurança e distanciamento físico.
Marcy Lopes afirmou que estava previsto um culto ecuménico com 50 mil fiéis e um evento musical que, diante do actual cenário de pandemia, ficaram também suprimidos. “Tanto o culto ecuménico quanto o evento musical serão feitos por vídeoconferência. O formato usado nas comemorações do Dia da Paz será o mesmo para o 11 de Novembro. O evento musical será feito sem assistência ou sem plateia”, informou Marcy Lopes.
Segundo o coordenador do grupo técnico da Comissão Interministerial, as demais províncias devem estar sujeitas ao ajustamento, com base na realidade local, mas sempre na perspectiva de realizar actividades comemorativas sem aglomerados.
As missões diplomáticas, acrescentou, devem ajustar, também, os seus programas comemorativos para algo muito mais simbólico sem aglomerações e sem contacto físico.
Para as comemorações, está prevista, também, a presença de membros da sociedade civil, mas a do corpo diplomático está em estudo. “Não posso ainda adiantar dados”, afirmou o ministro.
Segundo Marcy Lopes, ficou programado um evento maior para o próximo ano, com as previsões inicialmente marcadas para o 45º aniversário a serem transferidas para as comemorações do 46º aniversário do Dia da Independência.
As comemorações do 11 de Novembro visam divulgar e realçar a importância da data, enquanto marco para valorização da Pátria Angolana, assente na vontade da construção de um Estado Democrático de Direito e união da Nação angolana.
Além disso, as comemorações visam promover uma reflexão sobre os enormes sacrifícios consentidos pelo povo, na conquista da Independência Nacional, bem como reverenciar os povos, partidos e governos que nos longos e difíceis anos da Luta de Libertação se solidarizaram com a causa nacional e apoiaram, de forma directa e concreta, o nascimento e consolidação do Estado soberano, livre e independente.
No ano passado, o acto central do 11 de Novembro decorreu no município da Quibala, província do CuanzaSul e foi orientado pelo VicePresidente da República, Bornito de Sousa.
A Independência Nacional foi proclamada a 11 de Novembro de 1975, pelo Presidente António Agostinho Neto, depois de 14 anos de Luta Armada contra a ocupação colonial portuguesa. A luta foi conduzida pelos então movimentos MPLA, FNLA e UNITA.
“Com a Covid-19, o cenário teve de ser alterado. Já não serão 16 mil pessoas. Serão apenas duas mil, observando as regras de distanciamento físico”