Indústria de entretenimento em risco devido à Covid-19
A falta de espectáculos e a redução de receitas devido à Covid-19 estão a colocar em risco a indústria de entretenimento, disse segunda-feira, na localidade do Toco, município do Lubango (Huíla), o responsável da LS Republicano.
Fernando Republicano disse ao Jornal de Angola, depois da doação de 400 cestas básicas a famílias carentes, que as empresas do ramos de entretenimento correm risco de despedir em massa funcionários e declarar falência por falta fluxo de caixa.
Acrescentou que a indústria de entretenimento foi a primeira a parar e será a última a recomeçar, por ser um negócio que depende de muita gente, factor que torna cada vez mais difícil a sobrevivência de empresas do ramo de promoção de actividades músico-culturais. Fernando Republicado informou que o volume de receitas do sector reduziu em 95 por cento devido à paralisação de todo o tipo de espectáculo, colocando em situação crítica várias empresas deste segmento de negócios.
O produtor disse que os prejuízos provocados pela paralisação de actividades músico-culturais são incalculáveis, porque a crise afectou as empresas, músicos e artistas agenciados pelas produtoras, colocando todos em situação de extrema dificuldade financeira.
“Os nossos artistas ganham também através de espectáculos. Sem isso não há receitas, os nossos negócios têm a ver com aglomerado de pessoas. Quer dizer que os artistas que tinham os ´shows´ marcados para os meses de confinamento tiveram zero de receitas”, disse, sublinhando que a cifra de 95 por cento é para ser simpático, pois “não há nada a entrar”.
Disse que a sobrevivência das empresas ligadas à indústria de entretimento vai depender da intervenção do Estado, visto que a situação financeira está comprometida. “As empresas do sector vão ter que fazer ginásticas para sobreviver neste momento da Covid19. Muitas empresas do ramo de entretenimentos podem declarar falências caso não haja intervenção do Estado. Tudo tem a ver com a forma como o ministério de tutela e o Governo de forma geral vão intervir”, disse.