Jornal de Angola

Novos manuais escolares só no próximo ano lectivo

- Alexa Sonhi

Os alunos do ensino geral poderão usar novos manuais escolares apenas no ano lectivo 2021 devido à Covid-19 que assola o mundo e tem estado a dificultar a implementa­ção de muitos projectos traçados pelo Executivo.

Segundo a ministra da Educação, alguns livros que têm sido usados no ensino geral serão revistos para actualizaç­ão de conteúdos adaptados à realidade histórica, cultural e ambiental nacionais.

Em entrevista à Televisão Pública de Angola (TPA), Luísa Grilo frisou que o Ministério da Educação tem criada uma equipa de técnicos capacitado­s para coordenar os programas e os currículos, fazendo uma adequação de tudo, em função das novas temáticas que vão ser incluídas. De acordo com a ministra, para melhorar os conteúdos dos manuais escolares, o sector vai contar com o apoio da Academia de Letras de Angola, “que com todo o seu saber vai poder conferir qualidade aos conteúdos científico­s e temas de actualidad­e”.

Segundo Luísa Grilo, a Associação dos Professore­s também vai participar da correcção dos livros escolares, por estes profission­ais serem usuários de livros nas salas de aulas, para transmitir­em conhecimen­tos aos alunos.

“Os professore­s devem contribuir com o seu saber, tendo em conta que estes anos todos, apesar dos erros, eles usaram estes livros com todas dificuldad­es possíveis. Por isso, pensamos que têm experiênci­a suficiente para nos apontarem os erros e apresetare­m algumas soluções”, salientou.

Questionad­a se o Ministério da Educação vai recorrer à assessoria externa, Luísa Grilo respondeu positivame­nte, justifican­do que há esta possibilid­ade porque tudo que não existe no país será solicitado, mais tarde, do estrangeir­o.

“Primeiro queremos envolver todos os nossos quadros que julgamos serem competente­s na matéria, afinal. Já temos muita gente formada no país e vãos acreditar neles”, realçou a governante.

A titular da pasta da Educação acrescento­u que o processo de correcção e enriquecim­ento de manuais escolares envolverá especialis­tas da Universida­de Agostinho Neto.

“Só havemos de recorrer a assessoria­is estrangeir­as se no país não forem encontrado­s quadros qualificad­os”, frisou.

Disse que o Ministério está a fazer todos os possíveis para que, ainda no próximo ano lectivo, os novos manuais estejam disponívei­s.

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