Donald Trump quer reduzir presença militar na Alemanha
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, ontem, a redução do número de militares norteamericanos na Alemanha, para mais de metade, argumentando que o Governo alemão tinha “dívidas” com a OTAN e tratava “mal” os EUA em assuntos comerciais.
Em declarações a jornalistas, Trump garantiu que estavam estacionados 52 mil soldados norte-americanos na Alemanha, principal ponto de apoio dos EUA na OTAN. “É um custo enorme para os EUA”, acrescentou, para garantir: “Vamos reduzir o número para 25 mil”.
Porém, números oficiais do Pentágono indicam que o número de soldados destacados na Alemanha em permanência era de 34.674, em Março. Mas de facto este número pode atingir os 52 mil quando às rotações de pessoal se somam os efectivos envolvidos em exercícios militares. As primeiras informações sobre a intenção do Governo de Washington reduzir a presença militar na Alemanha tinham lançado a inquietação em Berlim, quando o “Wall Street Journal” a revelou no início do mês.
Apesar de o número ter diminuído desde o fim da guerra fria, a Alemanha tem mais militares dos EUA do que qualquer outro país europeu. A ressurgência das ambições militares da Federação Russa, sob a presidência de Vladimir Putin, deu à presença norte-americana uma nova importância, mas Trump diz que a Alemanha não paga o que deve para o orçamento da Aliança Atlântica.
“A Alemanha tem dívidas, há anos que têm dívidas têm de pagar”, disse Trump.