Principal via de acesso clama por intervenção
Os habitantes da comuna de Kikiemba passam por inúmeras dificuldades porque o troço que liga a localidade à sede do município, Bolongongo, província do Cuanza-Norte, está totalmente degradado, o que impede a circulação normal de pessoas e bens.
Com uma extensão de 64 quilómetros, em terra batida, a via fica totalmente lamacenta em épocas chuvosa, e impossibilita a circulação de meios rolantes. Nesta altura, os habitantes locais são obrigados a percorrer 18 quilómetros a pé até à localidade de Vista Alegre, na província do Uíge, para adquirirem bens de primeira necessidade.
O munícipe Miguel Malungo disse ao Jornal de Angola que Kikiemba debate-se com falta de produtos básicos , e sequer tem uma loja ou cantina. O administrador do Bolongongo, Miguel Gaspar, revelou que desde 1975 que não se realizam obras no troço. “Estamos a aguardar pelas obras de reabilitação que serão efectuadas no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios. Serão trabalhos de terraplanagem cujo início aguarda pelo aval das entidades competentes”, informou.
Manuel Jorge, gerente da empresa apurada para realizar os trabalhos, avaliados em mais de 800 milhões de kwanzas, num prazo de 12 meses, disse que a empreitada, que deverá arrancar no próximo mês, vai comportar a desmatação ao longo da estrada, regularização do terreno, arranjo das passagens hidráulicas, sinalização horizontal e vertical.
Escola de sete salas
Uma escola com sete salas de aula, orçada em 130 milhões de kwanzas, vai ser construída num período de oito meses, a partir dos próximos dias, na localidade de Kikiemba, informou o administrador municipal adjunto de Bolongongo, para a área Técnica e Infra-estruturas, Ary de Andrade.
O empreendimento, que vai ser erguido à luz do PIIM, albergará 700 alunos em dois períodos. Kikiemba conta actualmente com quatro escolas e 749 alunos, da iniciação à 9ªclasse, assegurados por apenas 14 professores.
Com mil e 798 habitantes, Kikiemba tem uma extensão territorial de 320 quilómetros quadrados. A manutenção da ordem pública é assegurada por apenas três agentes da Polícia, um dos quais o comandante comunal. As entidades tradicionais locais já solicitaram às autoridades competentes o aumento do efectivo policial.