UNITA arrecada 14 milhões para desfavorecidos
O Grupo Parlamentar da UNITA arrecadou 14 milhões de kwanzas para apoiar famílias desfavorecidas um pouco por todo o país, anunciou ontem, em Luanda, o líder do grupo, Liberty Chiaka.
Numa conferência de imprensa, para anunciar os resultados da campanha voluntária realizada pelos 51 deputados do Grupo Parlamentar, nos meses de Abril e Maio, Liberty Chiaka precisou que foram arrecadados 14 milhões de kwanzas, resultantes de uma doação de 50 por cento do salário de cada deputado.
“Alguns deputados doaram os 547.000 kwanzas, numa única prestação, outros o fizeram em duas prestações nos meses de Abril e Maio, sendo 273.500 kwanzas por cada prestação”, disse.
De acordo com o presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, a meta é levar os donativos para as 18 províncias. A julgar pelo contexto, disse, os donativos vão ser entregues às unidades hospitalares, centros médicos, centros de acolhimento e lares de terceira idade, mediante um levantamento dos secretariados provinciais e deputados do grupo parlamentar um pouco por todo o país.
Questionado sobre a possibilidade de entregar o donativo à Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à Covid-19, o Grupo Parlamentar da UNITA recusou, alegando incapacidade do Governo em gerir os bens públicos.
Liberty Chiaka mostrouse preocupado com uma potencial crise no Sistema Nacional de Saúde, que o país pode vir a testemunhar nos próximos dias, devido a algumas manifestações realizadas por médicos em Luanda e Huambo.
De acordo com o parlamentar, há dois anos que a classe médica apresentou um caderno reivindicativo, que não foi atendido. "Escreveram inclusive para a Sexta Comissão da Assembleia Nacional, mas sem sucesso", frisou. O Grupo Parlamentar da UNITA prometeu indagar a Sexta Comissão sobre o assunto, a fim de ver resolvidas as preocupações dos médicos.
Liberty Chiaka disse não entender a razão por que o Governo contratou mais de 200 médicos cubanos, quando existem perto de 2.500 médicos angolanos no desemprego. Criticou o facto dos médicos expatriados auferirem mais salário em relação aos angolanos, muito dos quais formados nas mesmas universidades, em Havana.