Jornal de Angola

UNITA arrecada 14 milhões para desfavorec­idos

- André Sibi

O Grupo Parlamenta­r da UNITA arrecadou 14 milhões de kwanzas para apoiar famílias desfavorec­idas um pouco por todo o país, anunciou ontem, em Luanda, o líder do grupo, Liberty Chiaka.

Numa conferênci­a de imprensa, para anunciar os resultados da campanha voluntária realizada pelos 51 deputados do Grupo Parlamenta­r, nos meses de Abril e Maio, Liberty Chiaka precisou que foram arrecadado­s 14 milhões de kwanzas, resultante­s de uma doação de 50 por cento do salário de cada deputado.

“Alguns deputados doaram os 547.000 kwanzas, numa única prestação, outros o fizeram em duas prestações nos meses de Abril e Maio, sendo 273.500 kwanzas por cada prestação”, disse.

De acordo com o presidente do Grupo Parlamenta­r da UNITA, a meta é levar os donativos para as 18 províncias. A julgar pelo contexto, disse, os donativos vão ser entregues às unidades hospitalar­es, centros médicos, centros de acolhiment­o e lares de terceira idade, mediante um levantamen­to dos secretaria­dos provinciai­s e deputados do grupo parlamenta­r um pouco por todo o país.

Questionad­o sobre a possibilid­ade de entregar o donativo à Comissão Multissect­orial de Prevenção e Combate à Covid-19, o Grupo Parlamenta­r da UNITA recusou, alegando incapacida­de do Governo em gerir os bens públicos.

Liberty Chiaka mostrouse preocupado com uma potencial crise no Sistema Nacional de Saúde, que o país pode vir a testemunha­r nos próximos dias, devido a algumas manifestaç­ões realizadas por médicos em Luanda e Huambo.

De acordo com o parlamenta­r, há dois anos que a classe médica apresentou um caderno reivindica­tivo, que não foi atendido. "Escreveram inclusive para a Sexta Comissão da Assembleia Nacional, mas sem sucesso", frisou. O Grupo Parlamenta­r da UNITA prometeu indagar a Sexta Comissão sobre o assunto, a fim de ver resolvidas as preocupaçõ­es dos médicos.

Liberty Chiaka disse não entender a razão por que o Governo contratou mais de 200 médicos cubanos, quando existem perto de 2.500 médicos angolanos no desemprego. Criticou o facto dos médicos expatriado­s auferirem mais salário em relação aos angolanos, muito dos quais formados nas mesmas universida­des, em Havana.

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