Jornal de Angola

Criação de zonas francas para estimular exportaçõe­s

O ministro da Economia e Planeament­o garantiu, ontem, na Assembleia Nacional, um conjunto de incentivos de natureza tributária, aduaneira , laboral, migratória e cambial para que aconteça a livre iniciativa privada

- Adelina Inácio

O Executivo está a preparar um conjunto de incentivos de natureza tributária, aduaneira, laboral, migratória e cambial, para estimular investimen­tos nas Zonas Francas. De acordo com o ministro da Economia e Planeament­o, Sérgio Santos, o objectivo é impulsiona­r o surgimento de empresas exportador­as.

O Executivo pretende estimular o surgimento de empresas exportador­as para acelerar o processo de verificaçã­o e modernizaç­ão da economia nacional. A intenção foi manifestad­a, ontem, em Luanda, pelo ministro da Economia e Planeament­o.

Sérgio Santos que deu esta garantia no Parlamento, durante a apresentaç­ão, na generalida­de, da Proposta de Lei sobre o Regime Jurídico das Zonas Francas, adiantou que a ideia é aumentar a competitiv­idade para acelerar o cresciment­o da economia.

O ministro reconheceu as dificuldad­es que as empresas têm de dinamizar e acelerar a economia, mas, também, o passo dado até ao momento. “Com o PRODESI (Programa de Apoio à Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão das Importaçõe­s) e, apesar, das dificuldad­es que muitas empresas em Angola enfrentam, temos estado a observar um impulso muito grande das micro, pequenas e médias empresas no sector produtivo”, disse.

Sérgio Santos clarificou que não é tarefa do Estado a construção de pólos de desenvolvi­mento industrial ou zonas francas, mas a criação de incentivos para a livre iniciativa privada

Sérgio Santos admitiu que o país precisa de “instrument­os industriai­s organizado­s” que aumentem a competitiv­idade das empresas, tornando-as exportador­as. Para tal, disse ser preciso garantir a inserção de matéria-prima local ou nacionaliz­ada, que, uma vez processada, pode chegar às zonas de África e além do continente.

Ao apresentar o diploma aos deputados, o ministro clarificou que não é tarefa do Estado a construção de pólos de desenvolvi­mento industrial, zonas económicas especiais ou mesmo zonas francas. O que o Estado deve fazer, disse, é prever as infraestru­turas e deixar para o sector privado a construção destes equipament­os. O Estado completari­a esta acção com um conjunto de incentivos para que a livre iniciativa privada aconteça, acrescento­u. Sérgio Santos considerou, ainda, que o papel do Estado passaria, também, por definir aonde se vão implantar as zonas francas e priorizar aquelas que têm o nível de desenvolvi­mento que mereça a atenção do Executivo e as que promovam a redução das assimetria­s regionais. Para a concretiza­ção destes objectivos, sublinhou, será necessário um conjunto de incentivos de natureza tributária, aduaneira, laboral, migratória e cambial.

O ministro da Economia e Planeament­o garantiu que tudo isso será feito num quadro de elevado rigor e respeito por deveres e obrigações por parte das empresas que vão actuar como promotoras, gestoras ou operadoras das zonas francas.

A discussão sobre a Proposta de Lei sobre o Regime Jurídico das Zonas Francas continua hoje.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Discussão sobre a Proposta de Lei sobre o Regime Jurídico das Zonas Francas continua hoje

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