Todos os cidadãos devem cumprir a quarentena obrigatória
Todo cidadão que chegar a província do Zaire, independentemente da sua posição social, vai cumprir a quarentena institucional e domiciliar obrigatória, determinou terça-feira, em Mbanza Kongo, o governador Pedro Makita.
O governante, que falava no acto de entrega simbólica de material de biossegurança e bens alimentares às autoridades tradicionais do Lumbu (Tribunal Tradicional), referiu que a medida visa prevenir a propagação da Covid-19, tendo em conta os casos positivos registados em Luanda, Cuanza-Norte e na República Democrática do Congo (RDC).
“Vamos estar vigilantes na fronteira com a província do Bengo, no rio Loge, porque o vírus é invisível. Não sabemos se o magistrado, o governante ou o jornalista não está infectado, porque na província do Zaire ainda não se faz testes à Covid-19. Só o teste poderá indicar quem está infectado ou não”, justificou.
Para o efeito, o governador do Zaire trabalhou no posto fronteiriço do Luvo, situado a cerca de 65 quilómetros da cidade de Mbanza Kongo, onde acompanhou o recenseamento de angolanos retidos na região do Congo Central, na sequência do Decreto Presidencial que determinou o encerramento das fronteiras entre Angola e a RDC, devido ao novo coronavírus.
Pedro Makita exortou às comissões municipais de resposta a pandemia da Covid-19 a continuarem com campanhas de sensibilização e informação, com destaque para a forma de contaminação e manifestação da doença, cujas acções devem incidir mais nas famílias residentes na orla fronteiriça do Minga, Buela, Luvo, Nóqui e Soyo.
Autoridades tradicionais
O Comité de Gestão do Centro Histórico de Mbanza Kongo (Património Mundial) fez a entrega de materiais de biossegurança e produtos da cesta básica às autoridades tradicionais, com vista a prevenção contra à Covid-19, bem como minimizar as suas necessidades alimentar.
O governador Pedro Makita, que coordena o Comité de Gestão do Centro Histórico de Mbanza Kongo, referiu que a acção visa ajudar as autoridades tradicionais a cumprirem com as medidas de prevenção contra a pandemia.
“Lavar constantemente as mãos com água e sabão e usar a máscara constituem formas de prevenção que todos devem cumprir”, disse.
O governante lembrou que o Lumbu representa os guardiões do património material e imaterial do antigo Reino do Kongo, que deve ser preservado. “Estas bibliotecas vivas, preservam a nossa história, património deixado pelos nossos ancestrais, como dissemos `Kinkulo kietu´, por isso merecem todo o nosso apoio” disse.