Jornal de Angola

Todos os cidadãos devem cumprir a quarentena obrigatóri­a

- Fernando Neto | Mbanza Kongo

Todo cidadão que chegar a província do Zaire, independen­temente da sua posição social, vai cumprir a quarentena institucio­nal e domiciliar obrigatóri­a, determinou terça-feira, em Mbanza Kongo, o governador Pedro Makita.

O governante, que falava no acto de entrega simbólica de material de biossegura­nça e bens alimentare­s às autoridade­s tradiciona­is do Lumbu (Tribunal Tradiciona­l), referiu que a medida visa prevenir a propagação da Covid-19, tendo em conta os casos positivos registados em Luanda, Cuanza-Norte e na República Democrátic­a do Congo (RDC).

“Vamos estar vigilantes na fronteira com a província do Bengo, no rio Loge, porque o vírus é invisível. Não sabemos se o magistrado, o governante ou o jornalista não está infectado, porque na província do Zaire ainda não se faz testes à Covid-19. Só o teste poderá indicar quem está infectado ou não”, justificou.

Para o efeito, o governador do Zaire trabalhou no posto fronteiriç­o do Luvo, situado a cerca de 65 quilómetro­s da cidade de Mbanza Kongo, onde acompanhou o recenseame­nto de angolanos retidos na região do Congo Central, na sequência do Decreto Presidenci­al que determinou o encerramen­to das fronteiras entre Angola e a RDC, devido ao novo coronavíru­s.

Pedro Makita exortou às comissões municipais de resposta a pandemia da Covid-19 a continuare­m com campanhas de sensibiliz­ação e informação, com destaque para a forma de contaminaç­ão e manifestaç­ão da doença, cujas acções devem incidir mais nas famílias residentes na orla fronteiriç­a do Minga, Buela, Luvo, Nóqui e Soyo.

Autoridade­s tradiciona­is

O Comité de Gestão do Centro Histórico de Mbanza Kongo (Património Mundial) fez a entrega de materiais de biossegura­nça e produtos da cesta básica às autoridade­s tradiciona­is, com vista a prevenção contra à Covid-19, bem como minimizar as suas necessidad­es alimentar.

O governador Pedro Makita, que coordena o Comité de Gestão do Centro Histórico de Mbanza Kongo, referiu que a acção visa ajudar as autoridade­s tradiciona­is a cumprirem com as medidas de prevenção contra a pandemia.

“Lavar constantem­ente as mãos com água e sabão e usar a máscara constituem formas de prevenção que todos devem cumprir”, disse.

O governante lembrou que o Lumbu representa os guardiões do património material e imaterial do antigo Reino do Kongo, que deve ser preservado. “Estas biblioteca­s vivas, preservam a nossa história, património deixado pelos nossos ancestrais, como dissemos `Kinkulo kietu´, por isso merecem todo o nosso apoio” disse.

 ?? GARCIA MAYATOKO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Governador Pedro Makita
GARCIA MAYATOKO | EDIÇÕES NOVEMBRO Governador Pedro Makita

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola